Resumo

Título do Artigo

ESTRESSE OCUPACIONAL: estudo com servidores técnico-administrativos em uma instituição federal de ensino superior
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Palavras Chave

Estresse ocupacional
Instituição federal de ensino superior
Servidores técnico-administrativos

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - Maristela dos Santos Gomes
INSTITUTO NOVOS HORIZONTES DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA LTDA - CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIHORIZONTES
2 - Luciano Zille Pereira
Centro Universitário UNIHORIZONTES - Administração
3 - Pedro Favarini Aires de Lima
Centro Universitário UNIHORIZONTES - Santo Agostinho I

Reumo

Sociedade e trabalho são conceitos intrínsecos, ou seja, não há trabalho sem sociedade nem sociedade sem trabalho. A universidade, pela excelência acadêmica, recebe selos simbólicos, que permitem à comunidade identificá-la. Além da excelência acadêmica, o contexto administrativo é de fundamental importância, onde os servidores técnicos buscam por mais conhecimentos para cumprir as obrigações profissionais, que podem resultar em tensões e, consequentemente, em quadros de estresse (MORIN, 2001; SUZUKI; GABBI, 2013; PATI, 2016).
O problema de pesquisa busca responder a seguinte questão: Quais as manifestações de estresse ocupacional ocorrem com servidores técnico-administrativos de uma instituição pública federal de ensino superior? Em decorrência do problema de pesquisa mencionado, o objetivo geral do estudo busca descrever e explicar as manifestações de estresse ocupacional vivenciadas pelos profissionais técnico-administrativos que trabalham em uma instituição pública de ensino superior localizada no estado de Minas Gerais.
O Modelo Teórico de Explicação do Estresse Ocupacional serviu de referência para este estudo, tendo sido desenvolvido e validado por Zille (2005), adaptado para esta pesquisa. O modelo está estruturado em cinco construtos: fontes de tensão no trabalho (FTT), fontes de tensão do indivíduo (FTI), mecanismos de regulação (MECREGUL), sintomas de estresse (SINTOMAS) e indicadores de impacto no trabalho (IMPACTOS). Esses construtos de primeira ordem são explicados por construtos de segunda ordem, que, por sua vez, são explicados pelos indicadores correspondentes.
A pesquisa caracterizou-se como descritiva e explicativa, de abordagem quantitativa. A população envolveu 798 sujeitos e a amostra foi de 230, para um erro estimado de 5%. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário aderente ao MTEG, aplicado em formato on-line. Os dados foram processados por meio do IBM SPSS versão 20.0.0 e analisados levando-se em consideração a estatística descritiva, cujas medidas foram média, desvio-padrão, coeficiente de variação e mínimo e máximo da escala e inferencial, envolvendo a realização de regressão simples e múltipla.
A maioria dos servidores apresentou estresse e o sintoma prevalente foi angústia. A principal fonte de tensão foi à cobrança por fazer mais trabalho com menos recursos. O indicador de impacto no trabalho mais relevante foi à desmotivação. Por meio de regressão, observou-se que o aumento das fontes de tensão e a diminuição da das estratégias de enfrentamento ao estresse, levaram ao aumento das manifestações do estresse, confirmando Hipótese 1, enquanto que o aumento do estresse ocupacional implicou no aumento dos indicadores de impacto no trabalho, o que confirmou a Hipótese 2.
Concluiu-se que 59,7% dos pesquisados apresentam estresse. Os casos mais críticos, estresse intenso e muito intenso, ocorreu para 15,7% dos técnicos. O estresse foi mais acentuado em mulheres, servidores com idade de até 45 anos, indivíduos solteiros, com até 10 anos de atuação na instituição e indivíduos com problemas de saúde. A Hipótese 1 foi confirmada, ou seja, as fontes de tensão e os mecanismos de regulação, influenciam diretamente o nível de estresse ocupacional. Confirmou-se também a Hipótese 2, ou seja, o estresse ocupacional impacta diretamente os indicadores de impacto no trabalho.
BENDASSOLLI, P. F.; SOBOLL, L. A. P. Clínicas do trabalho: novas perspectivas para compreensão do trabalho na atualidade. São Paulo: Atlas, 2011. COOPER, C. L.; DEWE, P. J.; O'DRISCOLL, M. P. Organizational stress: A review and critique of theory, research, and applications. London: Sage, 2001. HAIR, J. F. et al. Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. ZILLE, L. P. Novas perspectivas para a abordagem do estresse ocupacional em gerentes: estudos em organizações brasileiras de setores diversos. (Tese de doutorado em Administração). Belo Horizonte: CEPEAD/UFMG, 2005.