Resumo

Título do Artigo

DISCUSSÃO SOBRE A GOVERNANÇA COMO INFLUENCIADORA DE FUNCIONALIDADE DE REDES
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Redes
Governança
Funcionalidade

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Cluster e Redes de Negócios

Autores

Nome
1 - João Batista Neroni Júnior
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP) - INDIANÓPOLIS
2 - Jorge Luiz Dias Agia
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP) - Vila Clementino
3 - Ione Santos Lopes
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP) - Indianópolis
4 - ana claudia floriano da silva
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP) - Doutor Barcelar
5 - Ernesto Michelangelo Giglio
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP) - Indianópolis

Reumo

O artigo analisa a produção acadêmica sobre governança e funcionalidade de redes, buscando evidências de uma relação entre ambas. Há diversidade de conceitos de governança, e adota-se neste artigo como sendo construção social dos mecanismos, considerando a dinâmica do grupo (JONES, HESTERLY E BORGATTI, 1997), buscando solução dos conflitos e coesão do grupo. Funcionalidade, é um conceito pouco explicitado nos estudos de redes, aparecendo de forma dispersa na literatura. É uma das lacunas da literatura e que teorias das Ciências Sociais sobre dinâmica de grupos indicariam um caminho de solução.
O artigo analisa a produção acadêmica sobre governança e funcionalidade de redes, buscando evidências da influência da primeira sobre a segunda. Para buscar as evidências dessa proposição, realizou-se uma análise bibliográfica. O presente trabalho busca contribuir na solução dessa lacuna e se justifica pela relevância de organizar os estudos sobre as duas categorias. A pesquisa se caracteriza por ser qualitativa, descritiva e exploratória, realizando a análise temática dos artigos selecionados (BARDIN, 2011); organizando os dados e propondo relações entre as categorias.
Para Granovetter (1985), os atores e processos das redes estão imbricados dentro de um ambiente de relações sociais e econômicas, e são influenciados por estas relações. A governança é definida como originária das relações entre os atores e se caracteriza por ser um conjunto de mecanismos criados por eles, com o objetivo de facilitar a ação coletiva (JONES, HESTERLY, BORGATTI, 1997). A funcionalidade é definida como a forma de atuar em equipe, com baixo nível de conflitos, oportunismo que atrapalhem o desenvolvimento do grupo (BERSTEIN, 1989; PICHÓN-RIVIÈRE, 1998; BLEGER, 1991).
A presença de um ambiente relacional, baseado na existência de confiança e comprometimento entre os atores da rede, permite que a governança emerja socialmente (isto é, no grupo), facilitando a ação coletiva. O relacionamento entre os atores permite a criação de regras e mecanismos que serão responsáveis pela coordenação da ação do grupo; incrementando a coesão do mesmo, reduzindo os conflitos e permitindo que as ações se realizem com menor esforço. Este processo de coesão se apresenta como facilitador na resolução de problemas comuns, na funcionalidade e na obtenção de resultados da rede.
Os estudos deram sustentação para a proposição que o antecedente importante para essa conjugação entre governança e funcionalidade é a presença de um ambiente relacional, baseado na existência de confiança e comprometimento entre os atores da rede. O relacionamento e o ajuste das regras criam, incrementam a coesão do grupo, reduzem os conflitos. Tudo converge, então, para a funcionalidade da rede. A partir dessa conjunção dos constructos, foram construídos um desenho de pesquisa com as variáveis componentes e um quadro com indicadores que surgem da revisão bibliográfica.
GRANOVETTER, M. (1985). Economic action and social structure: The problem of embeddedness. The American Journal of Sociology, 91(3):481-510 JONES, C., et al. (1997). A General Theory of Network Governance: Exchange Conditions and Social Mechanisms. The Academy of Management Review, 22(4):911-945 KLIJN, E.; EDELNBOS, J.; STEIJN, B. (2010) Trust in governance networks; its impacts on outcomes. Administration and Society, 42(2):193-221 PROVAN, K.; KENIS, P. (2008) Modes of network governance: Structure, management, and effectiveness. Journal of Public Administration Research and Theory, 18(2):229