Resumo

Título do Artigo

Organizações e Ação Coletiva: uma leitura crítica de Mancur Olson
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Palavras Chave

Ação Coletiva
Mancur Olson
Estudos Organizacionais

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Abordagens Relacionais às Organizações

Autores

Nome
1 - Gustavo Henrique Petean
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN
2 - Gabriel Gualhanone Nemirovsky
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - CPNA
3 - Yuri SIlveira Durães
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN
4 - EDI AUGUSTO BENINI
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (UFT) - Curso de Administração - Campus de Palmas
5 - ELCIO GUSTAVO BENINI
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN - Escola de Administração e Negócios

Reumo

O cerne da compreensão textual de Olson (2015) é que para o autor a formação de grupos, ou da ação coletiva, se dá pelo fator de recompensa. “A ação coletiva implica enfrentamento e defesa de interesses com direcionamento para ampliá-los do nível individual ao coletivo” (ARAÚJO, 2006, p. 2). Desta forma, só será possível ou haverá grupos quando, e se, o retorno for maior que o investimento. Para Olson (2015), tal premissa norteia todos os grupos, e um indivíduo não fará parte daquele grupo quando o seu retorno deixar de ser vantajoso.
Apropriando-se da passagem introdutória como tautológica, se há grupo é porque os retornos individuais da ação coletiva superam os investimentos individuais do engajamento. Nesse caso, a própria sociedade está excluída do conceito de grupo utilizado pelo autor. Assim, considerar a lógica da ação coletiva como instrumento de formação de grupos é desconsiderar a sociedade formada. Assim, questiona-se quais os limites da utilização e dos argumentos e conceitos desenvolvidos por Olson? Objetiva-se desvelar as inconsistências e contradições presentes neste referencial teórico.
Nesta seção busca apresentar os diversos conceitos e definições apresentadas no decorrer do texto de Olson (2015), consubstanciando as informações e afirmações ditas pelo autor com outros autores que discutem a temática, ou mesmo, são apresentados na obra do autor. Busca desta forma atender ao objetivo proposto, munindo o leitor das definições e seus contrapontos, além de apresentar exemplos práticos das ações coletivas quanto analisadas no contexto cotidiano.
Neste ensaio teórico, não fragmentada e particionada de maneira positivista, a discussão aprofunda-se conforme é conveniente na compreensão e leitura do texto de Olson (2015). Apresenta sempre que necessários, fatos teórico e práticos na busca de clarificar sobre a temática discutida pelo autor objetivo de análise. Desde a introdução do artigo evidencia a notoriedade da temática, buscando referências adicionais a discussão da obra principal.
A utilização dos conceitos e definições de Olson (2015) deve ser feitas com cautela, pois as constatações realizadas pelo autor, quando analisadas de forma crítica, demonstram argumentos frágeis e controversos. A verificação destas incongruências na compreensão e utilização deste conceito não invalidam outras possibilidades de leituras do conceito da ação coletiva como as feitas por Pimental e Rodriguez (2017) ou por Quiróz (2009).
OLSON, M. A lógica da ação coletiva: os benefícios públicos e uma teoria dos grupos sociais. 1ª Edição. 2ª reimpressão. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015. PIMENTEL, T. D.; RODRIGUEZ, R. S. Uma perspectiva realista crítica sobre ação coletiva em economia. Revista de Economia Política, [s.l.], v. 37, n. 1, p.208-225, mar. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0101-31572016v37n01a11. QUIRÓS, J. Política e economia na ação coletiva: uma crítica etnográfica às premissas dicotômicas. Mana, [s.l.], v. 15, n. 1, p.127-153, abr. 2009. FapUNIFESP (SciELO).