Resumo

Título do Artigo

OS GANHOS SOCIAIS NA PERSPECTIVA DA SUSTENTABILIDADE PARCIAL PARA A COMUNIDADE DA PRAINHA DO CANTO VERDE, BEBERIBE – CE
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Palavras Chave

Indicadores de Sustentabilidade
Sustentabilidade Social
Turismo de Base Comunitária

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Desempenho Social Corporativo (CSP)

Autores

Nome
1 - Juliana Roberta da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Programa de Pós-graduação em administração/PROPAD
2 - Sílvio Luiz de Paula
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Departamento de Ciência da Informação / Campus Recife/PE

Reumo

Dentre as contribuições do turismo enquanto atividade está sua capacidade de organizar sociedades e/ou reordenar territórios para a sua realização. É necessário que seja observado como um fenômeno social e não meramente uma solução para a balança de pagamentos ou para prosperidade dos negócios. Nessa perspectiva, como alternativa ao turismo convencional há o Turismo de Base Comunitária (TBC). Assim, percebe-se uma aproximação dos princípios deste turismo com as dimensões da sustentabilidade e com a necessidade de criação de indicadores para mensurar os ganhos sociais da atividade turística.
O turismo é uma das atividades econômicas de grande potencial em decorrência de sua capacidade geradora de emprego e renda, pode ser considerado um mecanismo de inclusão e transformação socioambiental. Já o Turismo de Base Comunitária (TBC) prioriza a conservação de modos de vida tradicionais e a preservação da biodiversidade, focando nas pequenas comunidades com desvantagens socioeconômicas. Dessa forma, esta pesquisa tem como objetivo identificar os ganhos sociais para a comunidade da PCV, Beberibe – CE, na perspectiva da sustentabilidade parcial.
O TBC é apontado como o tipo de turismo que representa uma alternativa econômica e ao mesmo tempo uma ferramenta para a conservação socioambiental (MTur, 2013). Já a sustentabilidade é uma temática que busca compreender problemas de vários campos de conhecimento, como também identificar soluções nas diferentes áreas. Sachs (2008) propõe as tipologias sustentabilidade parcial e sustentabilidade global. Na dimensão social da sustentabilidade Murphy (2012) indica que pode ser entendida pela equidade, consciência pública da sustentabilidade, participação e coesão social.
A Prainha do Canto Verde, localizada no Município de Beberibe-CE, caracterizada como uma comunidade de pescadores, representa o lócus de estudo escolhido. A abordagem deste trabalho é qualitativa. Os métodos empregados foram pesquisa bibliográfica e estudo de caso descritivo. Para coleta de dados foram realizadas onze entrevistas semiestruturadas, observação direta e levantamento bibliográfico, já na análise dos dados predominou a análise de conteúdo.
Inicialmente, foram identificadas categorias de análise: Educação, Saúde e Trabalho, referentes a sustentabilidade social e Coesão Social, Protagonismo e Valorização da Cultura Local, a partir do TBC. Essas categorias possibilitaram uma melhor organização dos indicadores estudados. Para o alcance de tal objetivo, foi construído um conjunto de indicadores de sustentabilidade social a partir das publicações pesquisadas. Posteriormente, os indicadores foram organizados em categorias de análises e para cada indicador foram criados parâmetros de análise.
Os principais resultados da pesquisa são: i) a identificação de 6 categorias de análise: saúde, educação, trabalho, coesão social, protagonismo e valorização da cultura local; ii) o desenvolvimento de um conjunto de 38 indicadores construídos a partir da literatura sobre indicadores de sustentabilidade para destinos turísticos, e a construção de parâmetros de análise que permite classificar o indicador como ganho social, ou não; e iii) saúde, protagonismo e valorização cultural são as categorias de análise que apresentaram mais ganhos sociais.
MINISTÉRIO DO TURISMO - MTUR. Plano Nacional do Turismo 2013 – 2016: o turismo fazendo muito mais pelo Brasil. Brasília 2013. MURPHY, K. The social pillar of sustainable development: A literature review and framework for policy analysis. Sustainability: Science, Practice, & Policy, v. 8, n. 1, p. 15-29, 2012. SACHS, I. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.