Resumo

Título do Artigo

A INFLUÊNCIA DO PLURALISMO RELACIONAL NAS ESTRATÉGIAS COLETIVAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA DE UMA REDE HOTELEIRA
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Palavras Chave

Pluralismo Relacional
Estratégias Coletivas
Responsabilidade Social Corporativa

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Cluster e Redes de Negócios

Autores

Nome
1 - PAULA MAINES DA SILVA
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL (ULBRA) - EAD

Reumo

A compreensão sobre o pluralismo relacional (PR), que ocorre quando as empresas mantêm múltiplos tipos de relacionamentos com outros atores e desenvolvem como implicação múltiplas identidades, é a de que as pequenas empresas que trabalham em redes são influenciadas pelas relações que mantêm com diversos stakeholders, inclusive na elaboração das suas estratégias no que tange ao desenvolvimento da responsabilidade social corporativa (RSC).
“Como o pluralismo relacional influencia uma rede de pequenas empresas em suas estratégias coletivas de responsabilidade social corporativa?”Busca-se identificar os diversos atores com quem as PME de uma rede estabelecem o PR; analisar como é a percepção das PME de uma rede referente às suas relações a partir do PR com seus atores; verificar se há influência dos distintos atores no que se refere ao desenvolvimento de estratégias de RSC pelas PME e evidenciar os aspectos relacionados ao tipo, intensidade e longevidade da relação que influenciam as diferentes estratégias de RSC.
Uma forma das PME também desenvolverem ações de RSC é por meio de redes, no qual as empresas optam pelo trabalho colaborativo em detrimento do trabalho individual. Segundo Borgatti e Foster (2003) as redes são um conjunto de atores conectados por meio de diferentes laços com duração a longo prazo. Isso acontece entre organizações distintas, porém, relacionadas. Nessa perspectiva relacional, denominada de PR, as empresas são vistas como sistemas adaptativos complexos, incorporadas às redes heterogêneas e que consistem em diferentes tipos de laços. (SHIPILOV et al., 2014).
Utilizou-se como metodologia a Análise Qualitativa Comparativa (QCA), considerada “[...] uma alternativa inovadora para a realização de pesquisas de cunho qualitativo ou quantitativo, falando estritamente das raízes ontológicas destas abordagens, e não da disputa política em torno da questão” (DIAS, O., 2011, p. 3). A QCA, desenvolvida por Charles Ragin em 1987, é um método que possibilita inferências causais com base em um pequeno número de casos, bem como suas características e o contexto deles, permitindo generalizações (RAGIN et al., 2003).
A relação causal das três variáveis reduzidas - pluralismo relacional da rede, intensidade da relação e longevidade da relação - como potenciais causadores da influência das estratégias coletivas de RSC podem ser expressas através da seguinte expressão: R*(I+L) → EST_RSC. Isso posto, significa que o pluralismo relacional da rede mais (leia-se “E”) a intensidade da relação ou o pluralismo relacional da rede mais a longevidade da relação cobrem um percentual superior a 95% da possível causalidade, bem como apresentam consistência acima de 95%.
Ao se testarem os fatores PR com diferentes stakeholders, os tipos de PR, intensidade da relação com eles e a longevidade da relação com os stakeholders, por meio da análise QCA, como influenciadores da RSC obteve-se que o PR da rede mais a intensidade da relação ou o PR da rede mais a longevidade da relação são potenciais causadores da influência das estratégias coletivas da responsabilidade social corporativa, o que contribui para a teoria uma vez que estes fatores não foram identificados em estudos anteriores.
BORGATTI, Stephen P.; FOSTER, Pacey C. The network paradigm in organizational research: a review and typology. Journal of Management, Stillwater, Okla., v. 29, n. 6, p. 991-1013, 2003. RAGIN, Charles C. et al. Complexity, generality, and qualitative comparative analysis. Field Methods, Thousand Oaks, v. 15, n. 4, p. 323–340, Nov. 2003. SHIPILOV, Andrew et al. Relational pluralism within and between organizations. Academy of Management Journal, Champaign, Ill., v. 57, n. 2, 449–459, 2014.