Resumo

Título do Artigo

CARACTERIZAÇÃO, CENÁRIO E TENDÊNCIAS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL - COMPLEXO INDUSTRIAL DA SAÚDE DE PELOTAS/RS
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Palavras Chave

Arranjo Produtivo Local
Saúde
Tecnologias em Saúde

Área

Administração Pública

Tema

Gestão em Saúde

Autores

Nome
1 - Isabel Cristina Rosa Barros Rasia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL) - Departamento de Administração
2 - Caroline Vergara Rodrigues
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL) - Centro de Engenharias
3 - Paulo Roberto Boeira Fuculo Junior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL) - Faculdade de Enfermagem
4 - Cristine Hermann Nodari
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas

Reumo

No Brasil, nos últimos anos, cresce o interesse pelo estudo das aglomerações produtivas, chamadas de Arranjos Produtivos Locais (APL), onde a participação do Estado também aumenta, procurando definir e implementar políticas públicas para sua promoção, além de prever recursos para os mais diversos fins. O Complexo Industrial da Saúde (CIS), da Região Sul do RS, é um dos eixos da atuação do programa Mais Saúde do Governo Federal. O CIS engloba os setores da indústria de base química e biotecnológica, da indústria de base mecânica, eletrônica e de materiais e de serviços de saúde.
A grande oportunidade do estudo do APL está na contribuição para com os maiores gargalos existente na balança comercial brasileira, que é o déficit no setor de insumos e equipamentos para saúde. Representado pelo interesse do governo brasileiro nas decisões governamentais para equacionar a falta de produção nacional na área de saúde. Objetivou-se explorar aspectos relativos aos cenários e às tendências mundiais, nacionais e regionais na área da saúde, delineando potencialidades e oportunidades de crescimento o APL CIS.
No mundo, os investimentos no setor da saúde no que dizem respeito à capacitação profissional, incentivo às pesquisas, tecnologias e novas descobertas, investimento na básica, média e alta complexidade são muito importantes e culminam para a melhoria da qualidade de vida da população. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2013, em média 10% do Produto Bruto Interno (PIB) Mundial foram investidos em saúde. O Brasil ocupa a 8ª posição no ranking e investe cerca de 9.7% do seu PIB, valor considerado médio/bom em relação aos outros países.
Entrevistou-se os gestores das oito empresas do APL, aplicou-se um questionário semiestruturado, compostos por dois blocos: o primeiro buscou identificar o perfil do gestor e o segundo coletou informações sobre as empresas, formas de trabalho, métodos de compra e prospecção de novos produtos/serviços. Prospectou-se tendências de crescimento e inovação para o setor saúde, e, áreas de carências em produtos/serviços para adensar o APL no futuro. Realizou-se uma análise SWOT ao cluster. Essa etapa previu o desenvolvimento de uma agenda de ações e estratégicas futuras.
A maioria dos entrevistados tinham pelo menos dois anos de atuação, baixa rotatividade dos cargos de liderança. Em relação à terceirização a maioria das empresas relatou existir a contratação desta modalidade. Quanto aos insumos o mercado fornecedor é prioritariamente internacional. Quanto a projeção de dificuldades para as empresas, estão associados à instabilidade econômica, aliada à queda de investimento no setor de inovação e a dificuldade de acesso a capital e a legalização dos produtos, logística e alta carga tributária. Certificações Anvisa e ISO.
Existe espaço para a ampliação do setor de equipamentos médicos hospitalares e odontológicos dentro do APL CIS. Importância da atuação do Governo, com políticas regulatórias não restritivas e de auxílio no desenvolvimento de projetos inovadores. Maior aproximação dos membros da governança, possibilidades de capacitação para o segmento. Sugere-se um trabalho do arranjo para buscar a internacionalização e, considera-se que a inter-relação entre os elos da cadeia se mostrou importante para eficácia nos processos e na prospecção de novos produtos e mercados.
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DA SAÚDE. Sobre. Pelotas, 2016. Disponível em: http://aplsaudepelotas.com.br/site/sobre/ Acesso em: 25 fev 2016. LASTRES, H. M. M.; CASSIOLATO, J. E. Arranjos produtivos locais: uma nova estratégia de ação para o SEBRAE. Glossário de Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais: Rio de Janeiro, 2003. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório Mundial da Saúde 2013. Pesquisa para a cobertura universal de saúde, 2013. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/85761/26/9789248564598_por.pdf Acesso em: 25 fev 2016.