Resumo

Título do Artigo

MORTALIDADE PRECOCE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: identificação e análise das principais causas de falência empresarial em Bambuí/MG
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Palavras Chave

Mortalidade
Falência empresarial
MPEs

Área

Empreendedorismo

Tema

Microempreendedor, Empreendedorismo Regional e Empreendedorismo Corporativo.

Autores

Nome
1 - Marcelo Henrique Gomes Couto
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS (IFMG) - Bambuí
2 - PATRICIA CARVALHO CAMPOS
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS (IFMG) - Bambuí
3 - Amanda Cristina de Castro
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS (IFMG) - Bambuí

Reumo

No Brasil, a atividade empreendedora está em crescente desenvolvimento. Em 2014, o país alcançou o seu maior nível da Taxa Total de Empreendedores (TTE), atingindo 34,5% da população adulta entre 18 e 64 anos (GEM, 2014) e, nesse contexto, as MPEs apresentam importante contribuição para o desenvolvimento da prática empreendedora. Contudo, os seus altos índices de mortalidade precoce no país comprometem ainda as taxas numéricas de empresas em atividade, uma vez que quase 50% das MPEs brasileiras não conseguiram completar o 6º ano de vida (IBPT, 2013).
Diante das altas taxas de falência precoce das MPEs brasileiras e da ainda limitada literatura sobre fatores de mortalidade, torna-se relevante realizar pesquisas que busquem compreender melhor tal fenômeno. Assim, o presente estudo objetivou identificar e analisar as principais causas de falência das MPEs em Bambuí/MG, visando contribuir para a elaboração de estratégias que diminuam a mortalidade dessas empresas e conservem os benefícios advindos das mesmas.
Para compreender o fracasso empresarial é necessário inicialmente compreender os motivos pelos quais a empresa deixou de atuar no mercado (MACHADO; ESPINHA 2005). Nesse sentido, são diversos fatores que podem levar a falência de uma MPE. Dentre os diversos estudos analisados, o estudo de Filardi (2012) sustentado sobre a organização dos principais fatores em três blocos de variáveis (relacionados ao empreendedor, ao negócio e ao ambiente externo), foi o escolhido como base para investigação.
O presente estudo de caso é de natureza qualitativa e de caráter descritivo. O sujeito formou-se pelos micro e pequenos empreendedores regularmente cadastrados na JUCEMG e que apresentaram o pedido formal de baixa do negócio no município de Bambuí/MG, nos anos de 2012 a 2014, totalizando 28 participantes. O questionário foi a técnica escolhida para coleta de dados e para o tratamento e análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva, tabulando-se os mesmos em planilhas eletrônicas.
Referente ao conjunto de fatores que mais impactou no fechamento das MPEs, observou-se que, na perspectiva dos empreendedores, os fatores externos (burocracia, impostos, competição, política, economia, etc.) foram os mais comuns, sendo a falta de clientes apontada como a principal motivadora da falência. Contudo, conforme apontado pelos próprios empreendedores, a falta de conhecimentos gerenciais também pareceu, seja de maneira indireta, ter contribuído para o insucesso de seus negócios.
Apesar de o conjunto de fatores relacionados ao ambiente externo ter sido responsabilizado pela falência da maioria dos negócios, fatores relacionados ao próprio negócio e ao empreendedor também estiveram presentes no processo de falência, o que pode estar relacionado ao fato da ausência de algumas informações resultantes do planejamento prévio completo do negócio, tornando-os, assim, mais suscetíveis a algumas adversidades e desafios impostos pelos fatores externos à organização.
FILARDI, Luís Fernando et al. Análise quantitativa sobre a mortalidade precoce de micro e pequenas empresas da cidade de São Paulo. Revista Gest. Prod., v. 19, n.4, p.811- 823, 2012. GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR. Empreendedorismo no Brasil. Relatório Global. 2014. IBPT. Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação. Causas de desaparecimento das micro e pequenas empresas. 2013. MACHADO, H. V.; ESPINHA, P. G. Reflexões sobre as dimensões do fracasso e mortalidade de pequenas empresas. Revista Capital Científico, v.3, n.1, p.51-64, 2005.