Resumo

Título do Artigo

FLEXIBILIDADE COGNITIVA E BEM-ESTAR NO TRABALHO NO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO
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Palavras Chave

Flexibilidade cognitiva
Bem-estar no trabalho
Docentes

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Bem-Estar e Mal-Estar no Trabalho

Autores

Nome
1 - Patrícia Taís Callegari
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Itajaí
2 - Suzete Antonieta Lizote
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Itajai
3 - Patrick Zawadzki
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Campus Chapecó
4 - Sayonara de Fatima Teston
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Chapecó

Reumo

Ser flexível no contexto no qual estamos inseridos, se revela como um elemento crucial para alcançar sucesso nas interações sociais, bem como para aprimorar o bem-estar e a qualidade de vida. Assim, a flexibilidade cognitiva, é notada em indivíduos que percebem alternativas comportamentais para resolução de uma situação-problema. Já a presença de sentimentos de bem-estar no trabalho favorece o desenvolvimento de emoções positivas, resultando por consequência, em uma maior produtividade no exercício profissional contribuindo para melhores resultados organizacionais.
Este estudo buscou responder ao seguinte questionamento: Qual a relação entre flexibilidade cognitiva e o bem-estar no trabalho dos docentes dos cursos de pós-graduação stricto sensu? Para tanto, foi definido como objetivo analisar a relação entre a flexibilidade cognitiva e o bem-estar no trabalho desses docentes. Teve como lócus as Universidades integrantes da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (ACAFE).
A flexibilidade cognitiva (FC) é fundamental para o delineamento do trabalho e a condução das atividades organizacionais no sentido de também promover o bem-estar no trabalho (Wang et al. 2022). Nos contextos laborais, o bem-estar tem se mostrado determinante enquanto experiências emocionais positivas direcionados ao trabalho desempenhado (Bartels et al., 2019). Desta forma, para os docentes desenvolverem sua FC, é essencial o uso eficaz do pensamento criativo (Demirezen & Ötken, 2022), a fim de promover um funcionamento adaptativo e de melhoria para o bem-estar laboral (Harelv et al. 2023).
A concepção metodológica adotada teve abordagem quantitativa com alcance relacional e o método escolhido foi o de survey com desenho transversal. Os dados foram coletados com a utilização de um questionário composto de perguntas com escala do tipo Likert de sete pontos com 201 docentes vinculados a Associação Catarinense das Fundações Educacionais (ACAFE). Posteriormente, para testar as hipóteses, os dados foram analisados a partir da aplicação de modelagem de equações estruturais
Os resultados evidenciaram que das hipóteses testadas, a relação entre a flexibilidade cognitiva (escala alternativas) foi confirmada com todas as dimensões do bem-estar no trabalho (afetos positivos, negativos e realização). Já a relação da escala de controle da flexibilidade cognitiva teve relação confirmada com os afetos negativos e refutada com os afetos positivos e realização. Quanto aos afetos positivos, a sua relação foi confirmada com a realização, ao passo que os afetos negativos a relação com a realização foi refutada.
Com base nos achados deste estudo, se conclui que, a flexibilidade cognitiva é relevante para o desenvolvimento do bem-estar do docente no ambiente de trabalho. Observou-se que docentes dotados com mentes flexíveis, rápida adaptação e com capacidades de lidar com diversas situações no contexto universitário, demonstraram maior satisfação e experimentaram afetos positivos, contribuindo para o sucesso e a realização pessoal.
Bartels, A. L., Peterson, S. J. & Reina, C. S. (2019). Understanding well-being at work: Development and validation of the eudaimonic workplace well-being scale. PloS one, 14(4), 1-21. Demirezen, S., & Ötken, Ş. (2022). The investigation of the mediator role of life satisfaction in the relationship between pre-service teachers' cognitive flexibility and psychological well-being JETT, (13), 452-463. Harel, O., Hemi, A. & Levy-Gigi, E. (2023). O papel da flexibilidade cognitiva na moderação do efeito da exposição ao estresse relacionado à escola. Sci Rep 13, 5241.