Resumo

Título do Artigo

QUANDO CUIDAR DE QUEM CUIDA SE TORNA UM DESAFIO: OS IMPACTOS DO BURNOUT NA ENFERMAGEM
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Palavras Chave

Burnout
Síndrome do Esgotamento
Enfermeiro

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Bem-Estar e Mal-Estar no Trabalho

Autores

Nome
1 - Adrieli Carla Prigol
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF) - ESAN
2 - Anelise Rebelato Mozzato
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano

Reumo

O Burnout acontece quando três tipos de sintomas se fundem “Exaustão Emocional”, “Despersonalização” e “Insatisfação Pessoal”. O cansaço emocional é caracterizado por um esgotamento intenso devido à exposição constante a situações estressantes, resultando em uma sensação de esgotamento emocional; a despersonalização acontece quando a atitude se torna negativa, distante e indiferente ((Frajerman, 2019). Outras definições foram importantes para definição do burnout. Kirstensen et al. (2005) propuseram que a exaustão e a fadiga são as características principais do burnout.
É necessária uma melhor compreensão das conexões existentes entre o estresse extremo relacionado ao trabalho e o esgotamento, pois tem um impacto significativo na produtividade do trabalho, no atendimento ao paciente, no desgaste do pessoal e nas taxas de rotatividade. Diante do exposto, este estudo tem como objetivo analisar a produção referente a síndrome de burnout em profissionais de enfermagem e os principais fatores que levam ao desenvolvimento dessa condição.
Adriaenssens, De Gucht e Maes (2015) afirmam que as características pessoais, fatores demográficos, traços de personalidade e estratégias de enfrentamento são indicativos de burnout. Além disso, os autores referem que elementos ligados à atividade laboral, tais como envolvimento em situações traumatizantes, natureza do trabalho, aspectos organizacionais, exigências laborais, controle do trabalho, suporte social foram destacados como fatores determinantes para o desenvolvimento do burnout, juntamente com vários aspectos organizacionais.
O estudo apresenta uma análise bibliométrica de 5.995 artigos científicos publicados entre 2013 a 2023, identificando uma taxa de crescimento anual de 16,06% nas publicações sobre o tema. A pandemia de COVID-19 agravou a situação, aumentando a carga de trabalho e o risco de problemas emocionais nos profissionais de saúde. A análise revelou que os Estados Unidos e a China são os principais países contribuintes para a literatura sobre burnout e enfermagem. O estudo também identificou que as mulheres enfermeiras enfrentam maiores níveis de estresse no trabalho.
Esta revisão bibliométrica abordou os elementos relacionados ao Burnout na Enfermagem. O estudo revelou dados importante sobre a síndrome de burnout na enfermagem. É de grande valia produção científica que se tem até o momento sobre os fatores que levam ao desenvolvimento de tal condição. Mas, o estudo evidenciou lacunas de pesquisa importantes: como a falta de estratégias das instituições de saúde para prevenir ou minimizar os fatores de risco para o desenvolvimento do burnout no ambiente de trabalho, especialmente aqueles que enfrentaram a pandemia como linha de frente.
Adriaenssens, J., De Gucht, V., & Maes, S. (2015). Determinants and prevalence of burnout in emergency nurses: a systematic review of 25 years of research. International journal of nursing studies, 52(2), 649-661. Frajerman, A., Morvan, Y., Krebs, M.-O., Gorwood, P., & Chaumette, B. (2019). Burnout em estudantes de medicina antes da residência: uma revisão sistemática e meta-análise. Psiquiatria Europeia, 55, 36–42. Kristensen, T., Borritz, M., Villadsen, E. e Christensen, K. B. (2005). The Copenhagen Burnout Inventory: A new tool for the assessment of burnout. Work & Stress, 19(3), 192-207