Resumo

Título do Artigo

Aspectos negativos do home office para o trabalhador: dimensões de precariedade no teletrabalho em casa
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Palavras Chave

Home office
Dimensões de precariedade no trabalho
Modelo teórico

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Bem-Estar e Mal-Estar no Trabalho

Autores

Nome
1 - Emiliano Sousa Pontes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
2 - Tereza Cristina Batista de Lima
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
3 - Giselle Cavalcante Queiroz
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria
4 - Bárbara Sampaio de Menezes
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Centro de Comunicação e Gestão (CCG)
5 - Fabiola Gomes Farias
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - PPGA

Reumo

Enquanto alguns estudos registram diversas vantagens do home office, outras pesquisas destacam suas desvantagens, sendo ainda necessário buscar uma melhor compreensão dos impactos negativos dessa modalidade de teletrabalho para o trabalhador, pois esses aspectos negativos podem sinalizar a ocorrência da precariedade no trabalho, fenômeno presente no novo contexto de flexibilização das relações de trabalho. As dimensões da precariedade no trabalho refletem aspectos diversos da realidade laboral e a literatura dispõe de modelos que buscam explicá-lo enquanto objeto de investigação.
Este estudo tem por objetivo relacionar os aspectos negativos do home office para o trabalhador com as dimensões da precariedade no trabalho. Para tanto, inicialmente serão discutidos os aspectos negativos do home office para o trabalhador e, posteriormente, apresentadas as dimensões de precariedade no trabalho de alguns modelos teóricos. A partir disso, apresenta-se uma proposta de modelo com as dimensões de precariedade no trabalho em home office.
São apresentados conceitos de teletrabalho e home office e discutidos os aspectos negativos do home office para o trabalhador encontrados primordialmente na literatura publicada em bases internacionaids. Esses aspectos elucidam questões relacionadas à flexibilização e intensificação do trabalho, uso de tecnologias, saúde física e mental, interface entre vida pessoal e profissional, dentre outros aspectos. Apresenta-se ainda as dimensões de precariedade no trabalho dos modelos de Druck (2011), Ojala e Pyöriä (2019), Kreshpaj et al. (2022), Vives et al. (2010) e Araújo, Jesus e Rodrigues (2019).
Dimensões: i) contexto e condições de trabalho: intensificação, insegurança e saúde, desempoderamento e vulnerabilidade, suporte organizacional recebido, exploração e sofrimento, práticas laborais degradantes e integridade psicológica; ii) empregabilidade e segurança no emprego: desemprego, baixas empregabilidade e remuneração, contrato temporário, vínculos empregatícios vulneráveis, terceirização, ausência de direitos e benefícios e representação sindical; iii) sobreposição vida e trabalho: interferência da família, atividades domésticas e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Esta proposta do modelo concebido pode suscitar discussões profícuas a partir da sua aplicação empírica, de modo a confirmar se as dimensões estabelecidas estão realmente presentes no trabalho remoto realizado em casa. Cabe considerar que contextos distintos podem elucidar resultados distintos, sendo possível até o surgimento de novas dimensões e temas ao serem realizados pesquisas de cunho qualitativo e exploratório.
DRUCK, G. Trabalho, precarização e resistências: novos e velhos desafios?. Caderno CRH, v. 24, n. 1, 2011. OJALA, S.; PYÖRIÄ, P. Precarious work and the risk of receiving a disability pension. Scandinavian journal of public health, v. 47, n. 3, p. 293-300, 2019. KRESHPAJ, B.; ORELLANA, C.; BURSTRÖM, B.; DAVIS, L.; HEMMINGSSON, T.; JOHANSSON, G.; KJELLBERG, K., JONSSON, J.; WEGMAN, D. H.; BODIN, T. What is precarious employment? A systematic review of definitions and operationalizations from quantitative and qualitative studies. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v. 46, n. 3, p