Resumo

Título do Artigo

A INTEGRAÇÃO DE REFUGIADOS EM ESTABELECIMENTOS DE ALIMENTOS E BEBIDAS NA CIDADE DE SÃO PAULO: UMA PROPOSTA DE VALOR SOB A ÓTICA DA DIVERSIDADE.
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Negócios em Alimentos e Bebidas.
Refugiados.
Proposta de Valor.

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Social

Autores

Nome
1 - BRUNO SANTANA MATHIAS
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI (UAM) - Vila Olímpia

Reumo

Atualmente, cresce cada vez mais o número de países que enfrentam uma escassez de mão de obra qualificada. Na contramão desta tendência aumentam no mundo o número de pessoas refugiadas. Estes indivíduos trazem consigo diversas experiências e nesta conjuntura surgem como uma oportunidade de mão de obra. No Brasil, o número de refugiados aumenta a cada ano segundo os dados do Comitê Nacional para Refugiados (CONARE). Diante deste contexto, os benefícios da integração do refugiado em estabelecimentos de Alimentos e Bebidas como uma proposta de valor, precisam ser estudados.
O estudo tem como questão central “Por que a integração do refugiado sob a ótica da diversidade pode se tornar uma proposta de valor para o setor de A&B?” O objetivo geral é identificar os possíveis benefícios da integração no setor de A&B na cidade de São Paulo. Como objetivos específicos: contextualizar o perfil diverso do refugiado no Brasil; analisar a relevância da integração do refugiado como proposta de valor para o setor de A&B; identificar as vantagens da integração do refugiado como indivíduo no país; descrever as etapas para contratação do refugiado no Brasil.
Mesmo diante dos desafios da pandemia do Corona Virus Disease 2019 (COVID-2019), os investimentos no mercado interno da indústria de A&B se manteve em expansão. Conforme a Plataforma Interativa das Decisões em Plenário do CONARE, até abril de 2021, o Brasil recebeu 71.820 solicitações de refúgio. Para Knippenberg e Schippers (2007) um grupo de trabalho mais diversificado se torna mais criativo e inovador que grupos mais homogêneos, que tendem a chegar em um consenso prematuro sobre questões que necessitam de cuidados. A integração destes indivíduos pode ser interessante para o setor de A&B.
O estudo está classificado segundo os propósitos como uma pesquisa exploratória e segundo a natureza dos dados como uma pesquisa qualitativa, pesquisa de campo, não experimental. Definem-se os seguintes delineamentos para o que se propõem nesta pesquisa: 1. Levantamento bibliográfico; 2. Levantamento documental; 3. Estudo de caso. A Entrevista e a Observação serão utilizadas para aumentar o rigor do estudo. A categorização de Bardin (2016) será utilizada na análise do conteúdo coletado.
Segundo o Relatório Tendências Globais ACNUR (2020), até o final de 2019, 79,5 milhões de pessoas forma forçadas a deixar seus locais de origem por diferentes razões. De acordo com o Perfil Socioeconômico dos Refugiados no Brasil ACNUR (2019), os refugiados possuem elevado capital linguístico e capital escolar acima da média dos brasileiros. Segundo a pesquisa dentre os 487 entrevistados, 6,37% falam 4 idiomas ou mais, 37,99% falam 3 idiomas, 45,17% falam 2 idiomas e apenas 10,47% falam 1 idioma. Ao observar o nível de escolaridade, 34,4% dos refugiados concluíram o ensino superior.
A contratação do refugiado, não pode apenas ser visto como um propósito de caridade, mas como uma criação de valor econômico para empresa e para a sociedade. O valor compartilhado é a porta a ser aberta para a inovação e o desenvolvimento. Com relação ao exposto, é relevante o crescente número de refugiados no Brasil e a necessidade de integração desta população altamente vulnerável. Nesta conjuntura tais dados apontam para indivíduos interessantes para a atuação em estabelecimentos de A&B. O detalhamento deste estudo e a sua verificação se dará através de pesquisa empírica em 2022.
COORDENAÇÃO-GERAL DO COMITÊ NACIONAL PARA REFUGIADOS. Plataforma Interativa de Decisões. Ministério da Justiça e Segurança Pública, ACNUR, 2021. GLOBAL TRENDS 2020. Forced Displacementin 2019. ACNUR, jun. 2020. KNNIPPENBERG, Daan van; SCHIPPERS, Michaéla C. Work group diversity. Annual Reviews, 2007. PORTER, Michael E.; KRAMER, Mark R.. Criação de valor compartilhado. Harvard Business Review Brasil, 2011. UNHCR; ACNUR; Cátedra Sérgio Vieira de Mello. Perfil Socioeconômico dos Refugiados no Brasil. 2019.