Resumo

A complexidade do projeto se justificou pela implantação de governança inovadora, em um projeto complexo, envolvendo dezenove usinas termoelétricas, distribuídas pelo território brasileiro e o escritório central. A complexidade se caracterizou pelo desempenho insatisfatório em disponibilidade e confiabilidade nas operações e, pela diferença cultural, em termos de gestão operacional entre as térmicas. O que exigiu um processo de governança inovador que enfatizou a descentralização na sua condução e por ser inclusivo em toda a estrutura organizacional.

Resultados operacionais com desempenho insatisfatório em disponibilidade e confiabilidade nas operações das dezenove usinas termoelétricas e dos processos de suporte corporativos, com projeções de agravamento das deficiências operacionais e dos resultados em periodos futuros. Exigiu-se a implantação da metodologia do Sistema de Gestão de Ativos preconizada pelo IAM (Institute of Asset Management), com uma abordagem diferenciada da governança face as grandes discrepâncias culturais, operacionais, motivacionais da força de trabalho e a necessidade urgente de reversão dos resultados.

Inexistência de um processos sistêmico que possibilitasse a reversão urgente de desempenho insatisfatório na disponibilidade e confiabilidade das operações do parque termelétrico (19 usinas termoelétricas) e dos processos organizacionais de suporte. Observou-se uma heterogeneidade da gestão e, portanto dos resultados entre as térmicas, com variados níveis de maturidade organizacional, em função das natureza e culturas diversas, que produziram uma oportunidade, em 2014, da ordem de R$ 1,3 bilhões.

Implantação do Sistema de Gestão de Ativos (SGA), contemplando a metodologia preconizada pelo IAM (Institute of Asset Management). O projeto foi de âmbito nacional, contemplando todo o parque termoelétrico. Em função da complexidade (ter o mesmo processo de gestão, pelo número de unidades industriais, distribuição geográfica e diferença cultural) tendo por fator crítico de sucesso se ter uma governança do projeto inovadora, inclusiva em termos de toda a estrutura organizacional. A governança se deu de forma descentralizada, entretanto, biuscando as mesmas metas para cada unidade térmica.

Aumento do nível de maturidade organizacional médio de 2 para 3,2, segundo os critérios do IAM, com homogeneidade entre as 19 unidades e o escritório central. Reversão de R$ 1,0 bilhão dos resultados negativos do parque termelétrico. Disponibilidade e confiabilidade em nível de benchmarking mundial (best in class); Aumento do OEE em 27%; Redução de custos em 12%; Redução do consumo dos recursos naturais em 28%; Redução em 38% do indicador de risco; Aumento do nível de satisfação dos empregados em28%; Redução em 59% do absenteísmo (motivação para o trabalho): Modelo de governança para projetos.

Redesenho da governança de projetos complexos de centralizada e autocrática, para um modelo inédito, caracterizada por ser descentralizada e inclusiva, considerando todos os níveis da estrutura organizacional participando desta. Essa nova forma de realizar a governança de projetos complexos passou a ser o padrão a ser seguido dentro da corporação, não só em função dos resultados obtidos à curto prazo, mas também pela ineditismo e inclusão dos colaboradores na definição e condução do projeto. Promovendo um engajamento e motivação jamais observados e, explicitados pela pesquisa de ambiência.