Resumo

Título do Artigo

EMOÇÕES À MESA: COMPREENSÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DO BEM-ESTAR SUBJETIVO NA INTENÇÃO EMPREENDEDORA NA GASTRONOMIA
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Palavras Chave

Empreendedorismo.
Bem-Estar Subjetivo.
Intenção Empreendedora

Área

Empreendedorismo

Tema

A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências

Autores

Nome
1 - Ana Paula dos Santos
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Biguaçú
2 - DANIELA FERNANDES NUNES
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Itajaí
3 - Sayonara de Fatima Teston
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Chapecó
4 - Suzete Antonieta Lizote
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Itajai

Reumo

No ramo da gastronomia o empreendedorismo está associado a possibilidade de fazer coisas novas, sendo considerado uma fonte potencial de desenvolvimento pessoal, crescimento e bem-estar. Neste contexto, é importante que o empreendedor tenha a intenção de implementar ações para seu negócio melhorar continuamente. Para tal, partimos do pressuposto de que o empreendedor precisa se sentir bem, com percepção cognitiva de satisfação com a vida e predominância de afetos positivos em detrimento aos afetos negativos em seu cotidiano.
Este estudo buscou resposta a seguinte pergunta de pesquisa: como o bem-estar subjetivo influência a intenção empreendedora? Para responder ao questionamento, foi estabelecido como objetivo do estudo, compreender a influência do bem-estar subjetivo (BES) na intenção empreendedora (IE) em empreendedores do ramo da gastronomia.
A IE é o compromisso de iniciar um novo negócio, ou seja, a predisposição de um indivíduo para criá-lo, e que engloba fatores motivacionais que inspiram o comportamento (Ajzen, 1991). Para este estudo consideramos quatro antecedentes motivacionais: atitude pessoal em relação ao empreendedorismo, normas subjetivas, controle comportamental percebido e intenção empreendedora (Liñán & Chen, 2009). E ainda, propomos um novo antecedente para os fatores motivacionais da IE: o BES (Diener, Suh, Lucas, & Smith, 1999).
Esta pesquisa exploratória e descritiva, adotou abordagem qualitativa de estudo de casos múltiplos holísticos, baseado em Eisenhardt (2021), de 6 empreendedores. Coletou-se os dados foi por meio de entrevistas semiestruturadas, analisando-os através de análise de conteúdo, com categorização a priori com base nos componentes de cada construto (BES e IE), e análise de casos cruzados, procurando semelhanças, diferenças e padrões entre os casos. Ainda, a triangulação dos dados com a teoria, permitiu entender e comparar o comportamento dos diferentes empreendedores, buscando a construção de teoria.
Os resultados mostraram a presença de BES nos empreendedores, com predominância de afeto positivo e indicadores de satisfação com a vida sobre afetos negativos, experenciados na atualidade e no passado. Contatou-se a influência do BES nos esforços para realizar o comportamento empreendedor, por meio dos três antecedentes motivacionais da IE, a Atitude Pessoal, Normas Subjetivas e Controle Comportamental Percebido, por diferentes mecanismos: BES vivido no passado influenciando a IE; BES vivenciadas no momento presente influenciando a IE; e a IE realizada gerando BES realimentando a IE.
As relações levantadas de influência do BES na IE demonstram-se ser um processo cíclico, onde o BES motiva o início do negócio e sua continuidade, mas também realimenta a IE. Esta constatação nos proporciona evidências de que o empreendedorismo facilita a satisfação psicológica de uma pessoa e afeta o bem-estar subjetivo. O estudo identificou uma possível mediação dos traços de personalidade do empreendedor e a importância do fenômeno do contágio emocional na relação empreendedor-cliente. Esses elementos despertam para a possibilidade de estudos futuros explorando esses novos elementos.
Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 50(2), 179-211. Diener, E., Suh, E. M., Lucas, R. E., & Smith, H. L. (1999). Subjective well-being: Three decades of progress. Psychological Bulletin, 125(2), 276–302. Eisenhardt, K. M. (2021). What is the Eisenhardt Method, really? Strategic Organization, 19(1), 147-160. Liñán, F. & Chen, Y. W. (2009). Development and cross-cultural application of a specific instrument to measure entrepreneurial intentions. Entrepreneurship: Theory & Practice, 33(3), 593-617.