Resumo

Título do Artigo

Trabalho, educação e organizações: o trabalho artífice como princípio educativo
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Palavras Chave

Trabalho
Educação
Organizações

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Organizações Não-Convencionais

Autores

Nome
1 - Laira Gonçalves Adversi
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Programa de Pós-Graduação em Administração
2 - Rene Eugenio Seifert
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR) - Programa de Pós Graduação em Administração

Reumo

Este estudo faz uma ponte entre a área crítica da educação e os estudos das organizações alternativas e do trabalho artífice. Apresentamos duas concepções de trabalho-educação e seus respectivos tipos organizacionais. A primeira apresenta o trabalho como alienado, a educação pautada pela produção capitalista, no contexto das organizações convencionais. Aqui surge a expressão: princípio educativo do trabalho. A segunda mostra o trabalho com atividade vital, por meio do qual o ser humano se educa, no contexto das organizações alternativas. Aqui emerge o termo: trabalho como princípio educativo.
Este estudo teórico tem o objetivo de relacionar as categorias trabalho, educação e organizações, em duas concepções distintas, para justificar o trabalho artífice como princípio educativo.
A relação trabalho-educação se baseia em autores da área crítica da educação, entre eles, Tumolo (2016), Franco (1989) e Ciavatta (2019). Para falar dos tipos organizacionais (convencional e alternativo) nos fundamentamos na literatura das organizações alternativas. Em seguida, diferenciamos dois tipos de trabalho, o tecnicista (Ellul,1978), no contexto das organizações convencionais, e o artífice (Sennett, 2009), no âmbito das organizações alternativas. Posteriormente, para apoiar a proposição do trabalho artífice como princípio educativo, discorremos acerca da pedagogia artesã (Rugil, 1999).
O resultado do estudo mostra que o trabalho artífice (Sennett, 2009) pode ser reconhecido como princípio educativo (Ciavatta, 2019), por meio da educação (pedagogia) artesão (Rugil, 1999). Essa afirmação se baseia na concepção de trabalho como formação humana em todo seu potencial, por meio do qual o ser humano se educa (Ciavatta, 2019), no contexto das organizações alternativas (artífices).
Para justificar o trabalho artífice como princípio educativo, nas bases na educação artesã, primeiro, tomamos a concepção de trabalho-educação em que o trabalho é tido como atividade vital para a manutenção da vida e formação humana em todo seu potencial, por meio do qual o ser humano se educa. Além disso, nessa concepção, o eixo trabalho-educação pode se vincular às organizações do tipo alternativas.
Barcellos, R. M. R., & Dellagnelo, E. H. L. (2013). Novas formas organizacionais: do dominante às ausências. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 7(1), 1-16. Ciavatta, M. (2019). Trabalho-Educação – A história em processo. In: Ciavatta, M. et al. (coord.). A historiografia em trabalho-educação: como se escreve a história da educação profissional. Navegando Publicações. Sennett, R. (2009). O Artífice. Rio de Janeiro: Record. Rugiu, A. S. (1999). Nostalgia do Mestre Artesão. Autores associados.