Resumo

Título do Artigo

FINTECHS: DETERMINANTES DO FINANCIAMENTO DE VENTURE CAPITAL NO BRASIL EM DIFERENTES ESTÁGIOS
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Palavras Chave

Fintech
Financiamento
Análise de sobrevivência

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - Adriana Bruscato Bortoluzzo
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - São Paulo
2 - Andrea Maria Accioly Fonseca Minardi
Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa / Escola de Administração de Empresas - Fundação Getulio Var - Administração e Economia
3 - Dean Ribeiro da Silva
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - Vila Olímpia

Reumo

Fintechs são agentes precursores dos avanços tecnológicos no mercado financeiro e desempenham papel importante na inclusão financeira, especialmente em países emergentes. O sucesso de fintechs está condicionado à sua sobrevivência em ambientes muitas vezes desfavoráveis à iniciativa empreendedora, razão pela qual se faz necessário compreender os fatores econômicos e relacionados à fundação da fintech que impactam a incidência de eventos de captação de recursos em estágios iniciais da sua existência.
Sabe-se que o financiamento em estágio inicial tem impacto positivo na sobrevivência das empresas, pois desempenha papel essencial na expansão da rede de contatos dos empreendedores e facilita investimentos futuros. As fintechs precisam de recursos de investidores para atingir o ponto crítico de seu plano de negócios e crescer. Este estudo tem por objetivo analisar os fatores que se relacionam com a incidência de eventos de captação por fintechs brasileiras em estágios iniciais, que é condição essencial para a sua sobrevivência e continuidade de usufruto de seus benefícios.
Em países emergentes como o Brasil, as fintechs têm impacto positivo na inclusão financeira da população ainda não atendida por bancos, que costuma ser maior nestes países (Carbó-Valverde, Cuadros-Solas & Rodríguez-Fernández, 2022; Jagtiani & Lemieux, 2018). Zavolokina, Dolata e Schwabe (2016) argumentam que uma combinação de fatores econômicos, tecnológicos e regulatórios são os responsáveis pela inovação financeira. As startups são essenciais para a economia de qualquer país e a relação entre as startups, os investidores e o governo é vital para que qualquer nova companhia sobreviva.
Para entender a relação entre variáveis econômicas, setores de serviço prestado e outras características de fintechs brasileiras e o tempo até a ocorrência de eventos de captação em estágios iniciais (pre-seed, seed e series A) das startups, este estudo aplicou o modelo de sobrevivência com riscos competitivos. A base de dados possui informações de 342 fintechs brasileiras, fundadas entre 2011 e 2021 e com dados disponíveis na CrunchBase.
A localização geográfica de uma fintech no estado de São Paulo contribui para menor incidência de captação pre-seed, enquanto tal localização contribui para o recebimento de financiamentos seed e series A. Verificou-se que serviços do setor de financiamentos contribuem positivamente para a incidência de eventos de captação do tipo seed, assim como o número de fundadores da companhia e o investimento em private equity e venture capital total no Brasil. Ainda, a captação prévia do tipo seed e o número de fundadores estão associados positivamente à incidência de financiamentos series A.
Novas tecnologias e suas diferentes aplicações na área financeira possibilitaram o surgimento das fintechs. Com ganhos de escala outrora inimagináveis, o limite da inovação e sucesso de tais companhias é pautado pela escassez de recursos, o contexto econômico em que estão inseridas e habilidades dos empreendedores à frente da iniciativa. Nesse trabalho concluímos que tanto fatores específicos das empresas, como fatores econômicos contribuem para acelerar o recebimento de financiamentos das fintechs, promovendo o seu desenvolvimento e a sua sobrevivência.
Carbó‐Valverde, S., Cuadros‐Solas, P. J., & Rodríguez‐Fernández, F. (2022). Entrepreneurial, institutional and financial strategies for FinTech profitability. Financial Innovation, 8(15). Jagtiani, J., & Lemieux, C. (2018). Do Fintech Lenders Penetrate Areas That Are Underserved by Traditional Banks? Journal of Economics and Business, 100, 43-54. Zavolokina, L., Dolata, M., & Schwabe, G. (2016). The FinTech phenomenon: antecedents of financial innovation perceived by the popular press. Financial Innovation, 16(2).