Resumo

Título do Artigo

INVESTIMENTO EM FINTECHS: FATORES ACELERADORES DE FINANCIAMENTO NO MERCADO DE VENTURE CAPITAL E PRIVATE EQUITY
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Palavras Chave

Fintech
Financiamento
Análise de sobrevivência

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - Adriana Bruscato Bortoluzzo
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - São Paulo
2 - Andrea Maria Accioly Fonseca Minardi
Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa / Escola de Administração de Empresas - Fundação Getulio Var - Administração e Economia
3 - Matheus Linhares Barros de Souza
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - São paulo

Reumo

O sistema financeiro global tem sido transformado pelo avanço tecnológico e pela mudança constante no padrão de consumo, criando um ambiente favorável para o crescimento de empresas que entregam produtos financeiros por meio da tecnologia, as chamadas Empresas de Tecnologia do Ramo Financeiro (FinTechs). Através da competição e inovação, espera-se que essas empresas gerem valor para o setor financeiro como um todo. Contudo, muitas destas firmas lutam não só para serem rentáveis, mas também para sobreviverem.
É crucial que essas empresas captem recursos para sobreviverem aos primeiros anos de fluxo de caixa negativo, então, torna-se fundamental entender os mecanismos de financiamento e os fatores que o impactam para entender o progresso desse mercado. O objetivo do trabalho é entender como as características das empresas, dos países e o nível de desenvolvimento de seus mercados contribuem para o recebimento de investimentos iniciais de Venture Capital (VC) e Private Equity (PE).
Em se tratando de opções de financiamento, fundos de VC/PE são utilizados no sentido de oferecem uma opção de financiamento para as empresas em fase de arranque que têm poucas probabilidades de receber um empréstimo bancário (GOMPERS; LERNER, 1998). Diversos artigos associam fatores de sucesso ou fracasso desse tipo de negócio tanto a variáveis específicas, como número de fundadores e financiamento em fases iniciais, quanto macroeconômicas, como crescimento do PIB e liberdade econômica de um determinado país (GOMPERS; LERNER, 1998; JENG; WELLS, 2000; FÉLIX; PIRES; GULAMHUSSEN, 2013).
Para formar a base de dados, foram coletadas as informações específicas e das rodadas de financiamento de VC/PE de 13.051 empresas autodeclaradas FinTechs na CrunchBase , em 50 países, com data de fundação de janeiro de 2015 a agosto de 2022. Também foram utilizadas variáveis econômicas dos países. Foi utilizado o hazard model para determinar os fatores relevantes para o recebimento de investimentos VC/PE em FinTechs, também conhecido como modelo de duração ou modelo de sobrevivência e utilizado para análise do tempo até o ocorrência de um evento.
Foi observado que uma empresa fundada em um país emergente, por mais de um fundador, com alto índice de desenvolvimento econômico e menos de três anos de fundação têm maiores chances de receber seu primeiro financiamento VC/PE e, nos últimos três anos, gestores de fundos de investimentos tiveram preferência em investir em menos empresas, sugerindo aportes maiores por rodada. O desenvolvimento financeiro foi relevante para o recebimento de investimentos em países emergentes e desenvolvidos, além de ocorrer um aumento dos financiamentos no período de pandemia.
As FinTechs fundadas em países emergentes têm maior probabilidade de receberem financiamento inicial VC/PE quando comparadas com países desenvolvidos, chances que aumentam quando o país tem maior desenvolvimento financeiro. O efeito pandêmico teve um impacto geral negativo na fundação de empresas e no recebimento de investimentos, porém, como a indústria bateu recordes de captação em 2021 e 2022 (KMPG, 2022), sugere-se uma escolha dos gestores em realizar menos, porém maiores aportes. diminuição da probabilidade de uma FinTechs receber investimentos após 3 anos sem financiamento VC/PE.
FÉLIX, E. G. S.; PIRES, C. P.; GULAMHUSSEN, M. A. The determinants of venture capital in Europe—evidence across countries. Journal of Financial Services Research, Springer, v. 44, n. 3, p. 259–279, 2013. GOMPERS, P.; LERNER, J. Venture capital distributions: Short-run and long-run reactions. The Journal of Finance, Wiley Online Library, v. 53, n. 6, p. 2161–2183, 1998. JENG, L. A.; WELLS, P. C. The determinants of venture capital funding: evidence across countries. Journal of corporate Finance, Elsevier, v. 6, n. 3, p. 241–289, 2000.