Resumo

Título do Artigo

CURSOS MASSIVOS ABERTOS ON-LINE (MOOCS): CONTROVÉRSIAS, FORÇAS, FRAQUEZAS E SUAS RELAÇÕES COM A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
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Palavras Chave

MOOCs
Ensino on-line
Controvérsias

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Educação a Distância, E-learning e B-Learning: pessoas, projetos e tecnologias

Autores

Nome
1 - Edson Fonseca de Oliveira
UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) - Campus Ecoville
2 - Fernando Eduardo Kerschbaumer
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL (UNINTER) - Curitiba

Reumo

Os MOOCs, em inglês massive open on-line courses, em português cursos abertos on-line massivos, têm representado um importante desenvolvimento para a educação a distância nos últimos anos. Relacionam-se com a necessidade de ampliar o alcance e o acesso de alunos com interesses diversificados em relação às IES (Hollands e Tirthali, 2014). A principal característica de um MOOC é ser um curso on-line aberto massivo, que contém aulas gratuitas (em geral), e que é ministrado na web para milhares de alunos ao redor do mundo (Vardi, 2012; Glance et al., 2013; Aldowah et al., 2020).
Considerada a principal característica de um MOOC, que estratégia propiciaria um aumento de receitas, diminuiria custos e qualificaria resultados educacionais? Um aspecto problemático a ser considerado são os altos índices de abandono dos alunos, situação abordada amplamente pela literatura relativa ao tema. Assim, objetivo do ensaio é caracterizar os MOOCs, gerar reflexões a respeito de suas contradições, forças e fraquezas, e ao fazer isso, aproximá-lo do contexto da administração estratégica.
O ensino on-line já percorreu um longo caminho e um forte traço dos MOOCs é que eles se situam em tal ambiente (Glance et al., 2013). Allen & Seaman (2005) e Means et al. (2010), argumentam que os cursos on-line são pelo menos tão eficazes quanto os presenciais, já que há flexibilidade de acesso ao conteúdo dos cursos. Por outro lado, são altíssimas as taxas de abandono entre aqueles que iniciam um MOOC, e isso tem relação com a variação de comportamento e com o nível de envolvimento dos alunos (Hollands e Tirthali, 2014; Onah et al., 2014; Aldowah et al.,2020).
Aproximadamente noventa por cento dos alunos em MOOCs nunca terminam seus cursos. A conclusão a que chegaram Eriksson et al. (2017) indicou quatro possíveis razões, sendo: 1) a percepção do aluno quanto ao conteúdo do curso; (2) a percepção do aluno sobre o design do curso; (3) a situação social e as características do aluno; e (4) a capacidade do aluno para encontrar e gerir o tempo de forma eficaz. Os achados de Onah et al. (2014) apontam que numerosos alunos classificados como desistentes, permanecem participando do curso à sua maneira (em um ritmo mais lento ou com engajamento seletivo).
Os MOOCs surgem enquanto alternativa ao modelo tradicional de ensino, afastando-se da lógica presencial e de suas estruturas físicas limitantes. Milhares de estudantes de diversas partes do mundo tiveram e têm a chance de estudar gratuitamente em renomadas universidades de forma massiva, o que constitui a sua força. Contudo, a fraqueza do modelo reside nas altas taxas de abandono dos cursos, que persistem desde o surgimento dos MOOCs. As razões para tal relacionam-se principalmente com a variação de comportamento dos alunos e sua dificuldade em estudarem de forma autorregulada.
Doo, M. Y., Zhu, M., Bonk, C. J., & Tang, Y. (2020). The effects of openness, altruism and instructional self‐efficacy on work engagement of MOOC instructors. British Journal of Educational Technology, 51(3), 743-760. Lee, D., Watson, S. L., & Watson, W. R. (2019). Systematic literature review on self-regulated learning in massive open online courses. Australasian Journal of Educational Technology, 35(1). Zhu, M., & Doo, M. Y. (2021). The relationship among motivation, self-monitoring, self-management, and learning strategies of MOOC learners. Journal of Computing in Higher Education, 1-22.