Resumo

Título do Artigo

AS OPORTUNIDADES E AS AÇÕES OPERACIONAIS AO SLOW FASHION: UMA ABORDAGEM DIANTE DA VISÃO DOS CONSUMIDORES
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Palavras Chave

Slow fashion
Processos
Localidade e sustentabilidade

Área

Artigos Aplicados

Tema

Operações

Autores

Nome
1 - Maria Cecília Menezes Cleto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
2 - Leydiana de Sousa Pereira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Departamento de Ciências Administrativas
3 - José Leão e Silva FIlho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Caruaru

Reumo

O desenvolvimento da indústria da moda esteve completamente pautado nos avanços tecnológicos, na qual preconizava o aumento da produção diante de uma aceleração no ímpeto do consumo. A cadeia têxtil e de confecção brasileira - vestuário, meias e acessórios, produtos do lar e artigos técnicos - vêm continuamente caracterizando um cenário de progressão, tendo um volume de produção de 7,9 bilhões de peças (2020) e 8,1 bilhões de peças (2021) (IEMI, 2022). Este é o reflexo do estilo fast fashion, pautado na produção contínua e compactada, sendo explorado o imediatismo (COUTINHO; KAULING, 2020).
No entanto, nas duas últimas décadas, especialmente dilemas sociais e ambientais, começaram a questionar a dominante cadeia têxtil e de confecções (CENTOBELLI et al., 2022). E, neste âmbito surgiu o slow fashion, traduzida como “moda lenta”. Outros sinônimos a este modo de produção consistem em “moda consciente”, “eco moda” e “moda sustentável”. O modo slow fashion preconiza uma cadeia de produção limpa, pautando-se em ações mais circulares, sustentáveis e resilientes (CENTOBELLI et al., 2022; SILVA, 2020).
No entanto, o conceito do slow fashion ainda enfrenta dificuldades que impactam na consolidação dos seus fundamentos quanto às práticas da cadeia produtiva como um todo. Isto, mesmo com todos os avanços em termos tecnológicos. Em vista a reconhecer potencialidades, foi proposta uma investigação junto aos consumidores em prol de traçar um panorama sobre seu ponto de vista / adesão do slow fashion, especificamente em relação às dimensões de sustentabilidade e de localidade em termos das atividades de produção das vestimentas.
A presente pesquisa, diante dos seus objetivos, classifica-se com uma natureza quali-quantitativa (MARCONI; LAKATOS, 2017). Diante de uma abordagem exploratória as dimensões da localidade e da sustentabilidade precisam ser melhor compreendidos em termos dos elementos interferentes, bem como suas interrelações. Como instrumento de coleta de dados foi elaborado um questionário estruturado e pautado em questões de múltipla escolha. O questionário foi construído na plataforma do Google Forms, em vista ao seu reconhecimento e facilidade de uso e disseminação.
Os resultados foram traçados diante de análises descritivas e estatísticas. Nas análises descritivas nota-se o pertencimento ao gênero feminino (69,2%), e quase a metade (43%) enquadra-se na faixa de 20 e 29 anos, com nível educacional que 41,1% possuem pós-graduação completa. Em mecanismos comparativos foi observado que as mulheres em relação aos homens realizam mais compras em busca da sensação de prazer. E, as dimensões de localidade e sustentabilidade, ainda que em fase de desenvolvimento, possuem variáveis que influenciam na intenção de compra em principio slow fashion.
Nota-se, com base nos conceitos abordados e no resultado do questionário, que apesar do slow fashion e a da moda sustentável de modo geral, constituírem um tema que passou a ser abordado de modo mais recorrente entre as marcas e no mercado da moda, muitas pessoas ainda carecem de maior conhecimento sobre o tema. Assim, devem ser impulsionada ações de promoção de conhecimento do consumidor quanto as necessidades relativas a valorização das práticas e artigos locais, bem como uma reconcepção do que é ser sustentável de modo racional.