Resumo

Título do Artigo

DESAFIOS E PERSPECTIVAS DO TELETRABALHO NA PERCEPÇÃO DOS GESTORES DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE – IFRN
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Palavras Chave

teletrabalho
gestores
serviço público

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Organizacional: Governança, Planejamento, Recursos Humanos e Capacidades

Autores

Nome
1 - Kátia Simonne Oliveira Dias
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Campus Natal
2 - Antônio Alves Filho
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Departamento de Administração Pública e Gestão Social

Reumo

Como uma das consequências da pandemia de Covid-19, que eclodiu no ano de 2020, o teletrabalho, até então algo desconhecido ou distante para muitos, forçou-se presente no cotidiano de grande parte da população trabalhadora. Face às medidas de prevenção ao contágio do novo coronavírus, uma delas sendo o isolamento social, o mundo se viu obrigado a adaptar-se de forma abrupta, por questão essencial de sobrevivência. Dentre os desafios impostos pelo contexto excepcional, a continuidade das atividades laborais tornou-se imperativa.
Elaborou-se o seguinte problema de pesquisa: Qual a percepção dos gestores do IFRN sobre a experiência no regime de teletrabalho adotado em razão da pandemia de Covid-19, os desafios vivenciados e as perspectivas diante da implementação permanente dessa modalidade? Para responder a este questionamento, se objetivou analisar a percepção dos gestores do IFRN sobre a experiência no regime de teletrabalho, adotado em razão da pandemia de Covid-19, os desafios vivenciados e as perspectivas diante da implementação permanente dessa modalidade.
Segundo Mello (1999, p. 11), teletrabalho “é o processo de levar o trabalho aos funcionários em vez de levar estes ao trabalho; atividade periódica fora da empresa um ou mais dias por semana, seja em casa seja em outra área intermediária de trabalho.” Para Mendes, Oliveira e Veiga (2020, p. 12750), teletrabalho é “apontado como uma forma, dentre outras, de trabalho descentralizado". e Mishima-Santos, Sticca e Zerbini (2020) atentam para o caráter compulsório pelo qual a modalidade se apresentou na vida dos trabalhadores, muitos deles sem nenhuma experiência prévia com o teletrabalho.
O lócus do estudo foi o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte. Os participantes foram os gestores do IFRN, compreendendo um total de 541. A amostragem foi do tipo probabilística aleatória simples, considerando um erro amostral de 5% e nível de confiança de 95%. O instrumento de coleta foi composto por um conjunto de frases, agrupadas em cada um dos seguintes temas: Caracterização inicial, O teletrabalho e sua gestão, Conciliação trabalho/família/descanso e Teletrabalho, e Perspectivas para o futuro.
Com resultados discretos, mas positivos, o público afirmou que a concentração, a produtividade e a criatividade foram estimuladas com o teletrabalho. Diante de resultados não muito expressivos, houve um certo equilíbrio com as discordâncias. No âmbito pessoal, um ponto nevrálgico é a conciliação da vida profissional e pessoal em um mesmo ambiente. Sem a separação espacial, foram ampliados os esforços e buscadas soluções criativas para organizar a rotina, os horários e as demandas de ordens diversas acontecendo em casa. Dificuldades com a gestão do tempo foram largamente relatadas.
Levando-se em conta que o cenário estudado na presente pesquisa e o cenário atual de implantação permanente da modalidade serem bem distintos, as expectativas apresentam-se no geral boas, por parte dos gestores. Vacinação disponível, pandemia controlada, alívio de tantas tensões relativas à saúde, a volta do contato com outras pessoas, de poder confraternizar, rotina retomada ao mais próximo do que se conhecia por normalidade, toda essa mudança de contexto reflete-se positivamente no trabalho e nas mudanças que a modernização pede, e os gestores apresentam-se cientes dos desafios.
MELLO, Alvaro. Teletrabalho (Telework): o trabalho em qualquer lugar e a qualquer hora. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. MENDES, Ricardo Augusto de Oliveira; OLIVEIRA, Lucio Carlos Dias; VEIGA, Anne Gabriela Bastos. A viabilidade do teletrabalho na administração pública brasileira. Brazilian Journal of Development. [online], Curitiba, v. 6, n. 3, p. 12745-12759. Mar. 2020. MISHIMA-SANTOS, Viviane; STICCA, Marina Greghi; ZERBINI, Thais. Teletrabalho e a pandemia da COVID-2019. Um Guia para Organizações e Profissionais. Ribeirão Preto/SP.