Resumo

São apresentadas as trajetórias de três trabalhadoras de eventos que apresentam marcas do sexismo e da discriminação de gênero no contexto laboral. Joana é uma roadie, autodidata, que performando mais masculinidades e trabalhando atrás do palco em ambiente tradicionalmente masculino recebe ataques em relação às suas competências, tendo sempre que prová-las. Lélia é uma empresária e produtora executiva que percebe ser tratada diferentemente em relação ao seu sócio. Já Sueli é uma cenógrafa que presencia cantadas e comentários de objetificação de mulheres em vários grupos de colegas de trabalho.

a) Compreender as barreiras de inserção de mulheres em guetos profissionais tradicionalmente masculinos; b) Compreender situações discriminatórias e diferentes formas de resistências; c) Analisar como opera o sexismo na área de eventos.

Os dados foram obtidos por meio de três entrevistas semiestruturadas e da observação das pesquisadoras em um projeto de pesquisa sobre as consequências da pandemia da Covid-19 para mulheres trabalhadoras de eventos. As entrevistas foram coletadas no primeiro semestre de 2021. Os nomes foram alterados para preservar o anonimato.

Gestão de Pessoas, Comportamento Organizacional, Relações interpessoais, Gestão de Projetos, Negociação de Conflitos, Cultura e Mudança nas Organizações e Planejamento e Organização de Eventos.

CORTEZ, P. et al. Sexismo, misoginia e LGBTQfobia: desafios para promover o trabalho inclusivo no Brasil. Physis, v. 29, n. 4, 2019. GOULART, A.; MELO, M.; VERSIANI, F. Relações de gênero e gueto profissional: estudo com mulheres motoristas de aplicativos de mobilidade urbana. RECADM, v. 21, n. 1, 2022. KERGOAT, D. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. IN: HIRATA, H., et al. Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: UNESP, 2009. MOTA-SANTOS, C. et al. As mulheres estão quebrando as três paredes de vidro? Um estudo com empreendedoras mineiras. E&G, v.16, n.45, 2016.