Resumo

Título do Artigo

EMPREENDEDORISMO E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO: um estudo com mulheres que frequentam a Sala da Mulher Empreendedora em Vitória da Conquista – BA
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Palavras Chave

Empreendedorismo feminino
Precarização
Trabalho

Área

Empreendedorismo

Tema

A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências

Autores

Nome
1 - Emilly Sena Silva
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB) - Vitória da Conquista
2 - Almiralva Ferraz Gomes
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB) - Vitória da Conquista
3 - Weslei Gusmão Piau Santana
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB) - Departamento de Ciências Sociais Aplicadas
4 - Daniela Silva Carvalho
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB) - Vitória da Conquista
5 - Rodrigo Barbosa Vieira
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB) - Vitória da Conquista

Reumo

O empreendedorismo exerce influência significativa na vida das mulheres pois, além de suprir necessidades, é alvo de realizações pessoais, aspirações e sonhos. Os motivos que elas decidem empreender podem ser atribuídos a necessidade e/ou vontade de ampliar a sua renda e colocar a sua criatividade em prática, insatisfação com trabalhos anteriores e necessidade de sustento. O principal objetivo do artigo é analisar a relação entre o empreendedorismo e precarização do trabalho para mulheres que criaram o seu próprio negócio em Vitória da Conquista e que frequentam a Sala da Mulher Empreendedora.
O presente artigo tem como objetivo analisar a relação entre o empreendedorismo e precarização do trabalho para mulheres que criaram o seu próprio negócio em Vitória da Conquista, Bahia, e que frequentam a Sala da Mulher Empreendedora. A Sala da Mulher Empreendedora é fruto de uma política pública municipal de apoio a mulheres empreendedoras em Vitória da Conquista. Tal política foi implantada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Secretaria de Desenvolvimento Social (Semdes) e visa auxiliar as empreendedoras na criação e manutenção de seus empreendimentos.
A literatura das últimas décadas tem investigado os motivos que levam mulheres a empreender. No entanto, os estudos ainda apresentam lacunas que ainda não estabelecem com muita clareza se há relação entre o empreendedorismo feminino e a precarização do trabalho, embora boa parte empreende por necessidade. Para tanto, torna-se imprescindível entender a precarização do trabalho como elemento histórico da acumulação de capital presente na vida e sobrevivência da população que vende sua força de trabalho como forma de sustento.
A pesquisa é de natureza empírica e do tipo descritivo-exploratória. Adotou-se o estudo de caso como técnica e o objeto de estudo foram mulheres que frequentam a Sala da Mulher Empreendedora. A coleta de dados deu-se em duas etapas. Na primeira, aplicaram-se questionários. Na segunda etapa, por acessibilidade, entrevistaram-se três mulheres. Deste modo, a amostra foi não probabilística. O tratamento dos dados utilizado foi qualitativo e quantitativo e a análise quantitativa se deu por meio do software SPSS e Excel.
A mulher conquistou direitos, entretanto, as barreiras enfrentadas para inserção no mercado de trabalho ainda são muitas, o que faz com que muitas recorram ao empreendedorismo para manterem-se ativas economicamente. O estudo revelou que a escassez de capital e a precarização do trabalho estão presentes desde o início do empreendimento até a sua estabilidade, embora as mulheres sintam-se satisfeitas com suas conquistas. Percebe-se, portanto, que os desafios enfrentados as motivam lidar com a precarização que o empreendedorismo traz consigo.
Tendo em vista que o trabalho é fonte indispensável na vida humana, é necessário compreender a importância das condições de trabalho para o trabalhador e para a sociedade. Ao decidir empreender, as mulheres podem ser movidas pela necessidade e/ou oportunidade. A primeira situação, principalmente, pode estar rodeada de precarização. O cotidiano laboral dessas mulheres evidencia a jornada múltipla de trabalho e a necessidade de flexibilidade de horário, ou seja, de algum modo experimentam a precarização.
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