Resumo

Título do Artigo

Reflexões sobre Alianças Estratégicas na Implementação da Inteligência Artificial: uma Análise das Estratégias do Brasil, Estados Unidos da América e União Europeia
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Palavras Chave

Alianças Estratégicas
Inteligência Artificial
Inovação

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Saulo de Oliveira Nonato
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - PPGA
2 - Shalon da Silva de Souza Figueiredo
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA (UNICEUB) - Psicologia
3 - Carlos André de Melo Alves
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Departamento de Administração (ADM/UnB) e Mestrado Profissional em Administração Pública (MPA/UnB)
4 - CLEIDSON NOGUEIRA DIAS
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa - Diretoria de Negócios (Embrapa) e Docente em Programas de Doutorado e Mestrado na UnB e UFG

Reumo

A Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de inovar em vários setores, embora haja preocupações éticas. Os planos estratégicos de IA visam explorar seu potencial, estabelecendo objetivos para seu desenvolvimento. Este artigo busca identificar os tipos de alianças nas estratégias de IA do Brasil, Estados Unidos da América(EUA) e União Europeia (UE), e entender o papel da administração pública nesse contexto. A pesquisa qualitativa e documental usa a análise de conteúdo para extrair informações.
A partir desse contexto, o problema de pesquisa deste artigo é o seguinte: quais são os tipos de alianças estratégicas presentes nas estratégias de IA do Brasil, EUA e UE, e qual é o papel desempenhado pela administração pública no desenho dessas alianças? Assim, o objetivo principal do trabalho consiste em identificar os tipos de alianças estratégicas presentes nas estratégias de IA do Brasil, EUA e UE. Subsidiariamente, busca-se entender o papel da administração pública no desenho dessas alianças.
As alianças estratégicas, como detalhado por Barney e Hesterly (2015), são parcerias viáveis entre organizações para vantagem competitiva. Nesse contexto, alianças diversas emergem para criar estratégias nacionais de IA, promovendo disseminação ampla de padrões. Desta forma, a IA aprimora a capacidade técnica do Estado, gerando benefícios e desafios à administração pública. Seis tipos de alianças foram destacados para as estratégias de IA: Alianças Internacionais, Setor Público, Setor Privado, Acadêmico-Científica, Sociedade Civil e Ecossistema de Multiatores.
Utilizou-se a análise de conteúdo qualitativa e documental, para extrair e compreender significados presentes nas estratégias de IA do Brasil, Eua e UE. O processo incluiu três fases: pré-análise (organização e definição de procedimentos, análise documental das estratégias de IA), exploração do material (seleção de unidades de codificação e busca por palavras-chave relacionadas a alianças estratégicas), e tratamento dos resultados (inferência e interpretação). A análise é automatizada com Python no Google Colab, categorizando os resultados conforme critérios de Bardin (2011).
A pesquisa revela predomínio do Ecossistema de Multiatores nas estratégias de IA, destacando abordagens holísticas. Estas se alinham a teorias sobre alianças estratégicas e inovação, ressaltando parcerias e cooperação interorganizacional para avanço da IA. A análise reforça a importância da administração pública em formar alianças, incentivar inovação e investir em tecnologias emergentes, lidando também com desafios éticos e de transparência. Assim, confirmam-se a relevância de abordagens interdisciplinares nas estratégias de IA.
O estudo identifica alianças estratégicas nas estratégias de IA do Brasil, EUA e UE, destacando a predominância do Ecossistema de Multiatores. Essa abordagem holística promove parcerias entre setores variados, maximizando o impacto das iniciativas de IA. A administração pública desempenha papel crucial, estabelecendo regulamentações, formando parcerias e fomentando projetos. Assim, a IA pode ser desenvolvida de forma responsável e ética para o bem-estar dos cidadãos. Pesquisas futuras podem explorar estratégias de outros países e desafios éticos na implementação da IA.
BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Strategic management and competitive advantage: Concepts and cases. 5th ed. Pearson, 2015. BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. São Paulo: Edições 70, 2011. ZUIDERWIJK, A.; CHEN, Yu-Che; SALEM, F. Implications of the use of artificial intelligence in public governance: A systematic literature review and a research agenda. Government Information Quarterly, 2021 FATIMA, S.; DESOUZA, K. C.; DAWSON, G. S. National strategic artificial intelligence plans: A multi-dimensional analysis. Economic Analysis and Policy, 2020.