Economia dos Custos de Mensuração
Visão Baseada em Recursos
Cadeias Produtivas
Área
Agribusiness
Tema
Estratégia e Competitividade nas cadeias agrícolas
Autores
Nome
1 - Rejane Heloise dos Santos UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Maringá
2 - José Paulo de Souza UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Departamento de Administração
Reumo
Embora o agronegócio seja um grande impulsionador da economia, ainda há desafios a serem superados, como a ocorrência de melhor remuneração aos seguimentos industriais se comparado às fazendas. Setor agrícola disputa margens com setores mais concentrados no fornecimento de insumos e também na fase de processamento e distribuição, que resulta na captura de valor por parte dos setores concentrados. Por isso, são importantes estudos que priorizem análises das cadeias produtivas, principalmente acerca de questões que tangem a distribuição e apropriação de valor, para gerar competitividade.
Teoria ECM pode contribuir para a competitividade de cadeias produtivas por focar aspectos institucionais, direitos de propriedade, mas seu foco nas transações enfatizando distribuição e apropriação do valor criado entre agentes mas não investiga como esse valor pode ser criado ou desenvolvimento de recursos estratégicos dentro da firma que possam ser fonte de VC para a empresa. Objetivo: destacar os pontos de complementaridade das teorias Economia dos Custos de Mensuração e Visão Baseada em Recursos para sua utilização conjunta, sobretudo para análises de cadeias produtivas
Economia dos Custos de Mensuração (ECM) - Barzel (1982; 1985; 1997; 2001; 2005; 2015) - Abordar o custo de transação do ponto de vista informacional que foca nos custos de mensuração dos atributos dos ativos e delineamento dos direitos de propriedade.
Visão Baseada em Recursos (VBR) - Barney (1991); Peteraf (1993) - Fornecer uma explicação das diferenças de desempenho entre empresas concorrentes, atribuíveis às diferenças em seus recursos.
ECM deve ser utilizada em conjunto com a VBR, pois ambas buscam combater a ideia de firma como mero fator de produção, consistem em teorias de eficiência e concentram-se no lado dos fatores e não dos produtos. ECM pode contribuir teoricamente para pressupostos da VBR quando permite olhar para além da perspectiva interna das firmas, considerando a análise da criação e distribuição do valor ao longo de toda a cadeia; excede criação do valor e analisa a apropriação e distribuição do valor criado; permite ampliar formas de governança para além da integração vertical.
Identificou-se que a utilização das duas teorias ECM e VBR apresentam-se como promissoras em sua utilização conjunta para análise de cadeias produtivas, principalmente na consideração da adequada distribuição do valor criado; na análise das estruturas de governança apropriadas para a maximização de valor e proteção dos direitos de propriedade dos agentes da cadeia, bem como da proteção dos recursos estratégicos correlatos.
BARNEY, J. B. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 17, n. 01, p. 99-120, 1991.
BARZEL, Y. Organizational forms and measurement costs. Journal of Institutional and Theoretical Economics, 161, p. 357–373, 2005.
BARZEL, Y. Transaction costs: are they just costs? Journal of Institutional and Theoretical Economics, p. 4-16, 1985.
PETERAF, M. A. The cornerstone of competitive advantage: the resource-based view. Strategic Management Journal, v. 14, n. 3, p. 179-191, mar. 1993