Resumo

Título do Artigo

PROBLEMAS E ARMADILHAS NA EXECUÇÃO DE PESQUISAS EXPERIMENTAIS: um olhar para o impacto gerado na construção de conhecimento útil e válido na ciência
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Palavras Chave

Pesquisa Experimental
Problemas & Armadilhas
Ensaio Teórico

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Métodos e Técnicas de Pesquisa

Autores

Nome
1 - Larissa Alves Sincorá
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAdm-UFES)
2 - Antônio Inácio de Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Vitória
3 - Marcos Paulo Valadares de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - CCJE
4 - MARIA MARTINS REBOUÇAS NERY
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Programa de Pós-Graduação em Administração
5 - Murilo Zamboni Alvarenga
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Goiabeiras

Reumo

Diversos estudos comprovam que não há método de pesquisa que seja infalível, pois cada um tem as suas próprias limitações que, se não bem trabalhadas, podem levar a resultados enganosos e inúteis. No caso específico da pesquisa experimental não é diferente. Este ensaio, com base numa ampla gama de trabalhos, examina as falhas e lacunas mais comuns encontradas em pesquisas quantitativas, sobretudo, em estudos de desenho experimental.
Este artigo tem por objetivo empreender uma discussão a partir das armadilhas e problemas na execução de pesquisas quantitativas fundamentadas em experimentos, com vistas a estimular a reflexão por parte dos pesquisadores, principalmente dos iniciantes, sobre os cuidados que devem ser tomados ao se adotar este método de pesquisa, haja vista que a superação de armadilhas epistemológicas e resultados enganosos e inúteis, permite a construção de um terreno fértil para contribuições teóricas, metodológicas e práticas com relação ao fenômeno que se quer estudar.
As raízes filosóficas e as primeiras aplicações científicas da experimentação datam do século XVII. No início desse século, Bacon fez a distinção entre experiência observada e experiência produzida, a partir da intervenção humana com base em manipulações. Galileu, por sua vez, foi o responsável por colocar o experimento na base do conhecimento científico moderno (Corbetta, 2003). Basicamente, experimentos podem ser definidos como um tipo de “estudo no qual uma intervenção é introduzida deliberadamente para observar seus efeitos” em uma ou várias variáveis dependentes.
Dada às peculiaridades dos diversos métodos de pesquisa, seja qual for o escolhido, este limitará as conclusões que podem ser obtidas, pois como afirma McGrath (1982), a possibilidade de fazer um estudo sem falhas é muito pequena. Assim sendo, como então minimizar este problema? Esta é uma reflexão que os pesquisadores precisam fazer durante a fase de planejamento e condução de seus estudos e, portanto, conhecer bem os diversos métodos de pesquisa e suas possíveis limitações, falhas e/ou “armadilhas”.
Finaliza-se a discussão afirmando que os experimentos possuem diversos pontos de críticas e de discordâncias entre os pesquisadores. Além disso, diversos fatores, conforme já relatados, podem reduzir o impacto dos estudos experimentais para a ciência e, consequentemente, sua capacidade de contribuição teórica, metodológica e prática. Portanto, conforme exposto por Hernandez, Basso e Brandão (2014), pesquisadores preocupados com a aceitação e a disseminação dos resultados de seus estudos experimentais devem se atentar para tais fatores, tanto na elaboração quanto na execução de suas pesquisas.
Starbuck, W. (2004). Why I stopped trying to understand the real world. Organization Studies, v.25, n.7, p.1233-1254. McGrath, J. (1982). Dilemmatics: The study of research choices and dilemmas. In J. E. McGrath, J. Martin, & R. A. Kulka (Eds.), Judgment Calls in Research: 69-102. Newbury Park, CA: Sage. Bryman, A. (1984). The debate about quantitative and qualitative research: a question of method or epistemology? British Journal of Sociology, v.35, n.1, p.75-92. Aguinis, H. (2014). Revisiting some ‘‘established facts’’ in the field of management. Business Research Quarterly, v. 17, p. 2-10.