Resumo

Título do Artigo

O TRABALHO EM ORGANIZAÇÕES DE ECONOMIA CRIATIVA: UMA ANÁLISE NAS EMPRESAS PARTICIPANTES DO PROCESSO DE INCUBAÇÃO DO PROGRAMA RIO CRIATIVO
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Economia Criativa
Programa Rio Criativo
Tecnologia

Área

Empreendedorismo

Tema

Microempreendedor, Empreendedorismo Regional e Empreendedorismo Corporativo.

Autores

Nome
1 - Flora Thamiris Rodrigues Bittencourt
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Lapa
2 - Daniela Longobucco Teixeira Balog
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Lapa
3 - André Luís Faria Duarte
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN - Sede

Reumo

A economia criativa tornou-se uma poderosa força transformadora no mundo, com vasto potencial de desenvolvimento. Diferente da economia tradicional, na economia criativa os indivíduos têm papel principal e estão centrados no uso de plataformas tecnológicas, com objetivo de aplicar soluções inovadoras nas questões que envolvem a integração da ciência, tecnologia e arte.
O problema de pesquisa é: qual o tipo de trabalho dominante no setor de economia criativa e quais são as contradições existentes? Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo analisar a dimensão organizacional do trabalho em empresas participantes do processo de incubação do programa Rio Criativo.
A economia criativa é aquela em que as empresas promovem a criatividade, a convergência do conhecimento e a tecnologia científica avançada, baseada na aprendizagem coordenada, a fim de criar novos mercados e novos empregos, conforme definida por Sung (2015). Assim, de acordo com Barcellos, Botura e Ramirez (2016), as mudanças tecnológicas na comunicação têm estreita relação com o surgimento da economia criativa, que segundo Fachinelli, Carrillo e D’Arisbo (2014), incorpora e reciprocamente provoca profundas mudanças na vida social, organizacional, política, educacional e econômica.
A abordagem do estudo é de natureza qualitativa. Foi realizada pesquisa de campo que teve como instrumentos de coleta de dados a pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas, realizadas com dez sujeitos sócios das organizações de economia criativa localizadas no estado do Rio de Janeiro, que pertenceram ao primeiro ciclo de incubação do programa Rio Criativo. A análise dos dados foi feita com base na técnica de análise de conteúdo.
Foi possível perceber que a incubação contribuiu para o desenvolvimento de parcerias de trabalho entre as próprias empresas que estavam participando do processo. O processo de incubação também foi capaz de oferecer capacitação às empresas por meio de consultorias e cursos que preparavam os gestores a administrar seus negócios. Ao analisar as falas dos entrevistados verifica-se a presença de uma rotina basicamente voltada para a área comercial, de marketing, administrativa e operacional. Nota-se a ausência de trabalho artístico nas falas dos entrevistados.
Ao analisar a configuração do trabalho, foi possível verificar o predomínio de atividades administrativas operacionais. Percebeu-se que o desempenho do trabalho artístico, de fato, fica em segundo plano, uma vez que para a empresa funcionar é preciso cuidar da parte operacional de gestão. A criação de redes de relacionamento (networking) entre as empresas incubadas e os profissionais é evidenciada. As parcerias formadas e o contato estabelecido entre os atores do processo podem se transformar em valiosa ferramenta estratégica com vistas a criar diferencial competitivo no mercado.
BARCELLOS, E.; BOTURA JUNIOR, G.; RAMIREZ, C. The Creative Economy on the Environmental of the Technological Parks and Incubators. International Journal of Innovation, v. 4, n. 2, p. 140-154, 2016. FACHINELLI, A. C.; CARRILLO, F. J.; D’ARISBO, A. Capital system, creative economy and knowledge city transformation: insights from Bento Gonçalves, Brazil. Expert Systems with Applications, v. 41, n. 12, p. 5614-5624, 2014. SUNG, T. K. The creative economy in global competition. Technological Forecasting and Social Change, v. 96, n. 1, p. 89-91, 2015.