Resumo

Título do Artigo

A INOVAÇÃO NACIONAL SOFRE INFLUÊNCIA DA LIBERDADE ECONÔMICA?
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Palavras Chave

Inovação nacional
Liberdade econômica
Desenvolvimento econômico

Área

Gestão da Inovação

Tema

Políticas, Estratégias, Instituições e Internacionalização da Inovação

Autores

Nome
1 - Paula Carolina Ferretti
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI (UNIASSELVI) - NEAD
2 - Adriana Kroenke
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis

Reumo

À medida que o governo diminui sua intervenção na economia, diz-se que mais livre economicamente são estas sociedades (GOEL; NELSON, 2005). As organizações são a base para o desenvolvimento de inovações sendo influenciadas e moldadas pelas instituições (EDQUIST, 2001). Por meio da liberdade econômica, criam-se incentivos para que os indivíduos se envolvam em atividades econômicas, incluindo atividades empresariais produtivas (AKHTER, 2004), que contribuem para a inovação (BAUMOL, 1996; DEMPSTER, ISAACS, 2017).
Nos estudos sobre liberdade econômica, encontram-se variáveis ligadas a inovação, como atividades empreendedoras (KUCKERTZ, BERGER, MPEQA, 2016) e empreendedorismo formal e informal (DAU; CUERVO-CAZURRA, 2014). Apesar disso, tem sido empregado pouca atenção aos estudos que investigam empiricamente as relações entre liberdade econômica considerando a inovação nacional (DIRIENZO, DAS, 2015; DINCER, 2019). Assim, o objetivo deste estudo é verificar o efeito da liberdade econômica na inovação nacional.
A liberdade econômica é a redução da intervenção direta do governo na economia (DAU; CUERVO-CAZURRA, 2014), analisando o quanto um país depende da propriedade privada ou do mercado para alocar recursos (ALNAJJAR, 2002). Considera-se neste estudo, o nível nacional para o desenvolvimento de determinadas atividades inovadoras (LUNDVALL, 2002), bem como as diferenças nas taxas de inovação dos países que podem ser explicadas pela qualidade das instituições nacionais (ANOKHIN; SCHULZE, 2009). Tanto as organizações, quanto as instituições são essenciais para a inovação (EDQUIST, 2001).
Utilizou-se a técnica DP2 para sintetizar os indicadores do Global Innovation Index e do Index of Economic Freedom no período de 2013 a 2018, com as variáveis sintetizadas, empregou-se 3 modelos de Regressão linear. A amostra abrange 86 a 105 países, conforme cada ano analisado. Ao analisar países, entende-se que existem diferenças institucionais impostas entre eles, havendo necessidade de separá-los por seu nível de desenvolvimento. Desse modo, utilizou-se a classificação imposta pelo World Bank na qual discorre quatro classificações de Renda Nacional Bruta.
Formou-se por meio da técnica DP2, quatro fatores conjunto: liberdade econômica, inovação nacional, insumo de inovação e produção da inovação. A partir da regressão linear identificou-se que, a liberdade econômica auxilia positivamente e significativamente a inovação nacional e o insumo de inovação, mais especificamente nos países em desenvolvimento. Quando se trata da produção de inovação, a relação é maior para os países desenvolvidos. A liberdade econômica pode promover os determinantes que levam ao insumo ou a produção de inovação, isso dependerá do estágio cujo país se encontra.
Quando surgem políticas de liberdade econômica, os países em desenvolvimento percebem de forma mais eficaz os incentivos para a economia, impulsionando desta forma, os fatores que fomentam os insumos de inovação. Nos países desenvolvidos por outro lado, a liberdade econômica está presente em seu cotidiano, auxiliando na construção de bens criativos e intangíveis que remetem a produção de inovação. Os países em desenvolvimento que almejam expandir seus insumos de inovação precisam primeiramente atentar ao seu grau de liberdade econômica, enquanto os países desenvolvidos devem procurar mantê-los
ANOKHIN, S.; SCHULZE, W. S. Entrepreneurship, innovation, and corruption. Journal of business venturing, v. 24, n. 5, p. 465-476, 2009. BOUDREAUX, C. J. Institutional quality and innovation: some cross-country evidence. Journal of Entrepreneurship and Public Policy, v. 6, n. 1, p. 26-40, 2017. LUNDVALL, B.; JOHNSON, B.; ANDERSEN, E. S.; DALUM, B. National systems of production, innovation and competence building. Research policy, v. 31, n. 2, p. 213-231, 2002. NORTH, D. C. Institutions, institutional change and economic performance. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.