Resumo

A transferência de conhecimento e melhores práticas entre os membros da organização tem atraído considerações da academia e das organizações, porque a competitividade da empresa está diretamente ligada ao conhecimento adquirido e seu compartilhamento. A dificuldade de transferir conhecimento e melhores práticas nas organizações é representada pelo termo Internal Stickiness (IS). Para a realização deste estudo, como método, foi usada uma análise bibliométrica de citação e cocitação, como também uma análise de rede.

O autor Szulanski (1996) defende que existem outros fatores, que somente a ausência de incentivo, que impedem a transferência, e que dependem de onde ou de quem vem, quem detém, e do contexto organizacional que qualquer transferência ocorre. Estes fatores contribuem para a IS. O presente estudo teve como objetivo identificar a estrutura intelectual da pesquisa sobre (IS) a partir das referências existentes nas publicações sobre esse tema.

O conhecimento é um recurso organizacional relevante para o crescimento, produtividade e sobrevivência de uma organização (Szulanski et al., 2016). As organizações que com suas filiais aprendem e trocam conhecimentos entre si, geralmente são mais competitivas, produtivas e com maior índice de sobreviver em relação as organizações não movidas à transferência de conhecimento (Argote, 2012).

Os resultados mostram alguns aspectos interessantes. Pode-se verificar que apesar de existir uma relação entre os fatores, o Fator 1 (amarelo) é o predominante onde os autores pesquisam o entender da transferência de conhecimento, mas relacionando parcialmente com os outros fatores. Fator 2 (vermelho) e Fator 3 (verde) relacionam-se com mais intensidade comprovando a ligação de transferência de conhecimento dentro das organizações gerando estratégias para inovação.

Com isto, identificou-se 3 campos que apesar de tratarem do mesmo tema (IS), possuem diferenças de linha de estudos. Estas diferenças foram possíveis de serem identificadas com a análise fatorial. Primeiramente, o fator 1 foca na “Transferência de Conhecimento” e, os autores explicam o conceito e tentam entender as suas nuances. Dessa forma, surge o fator 2, “Transferência de Conhecimento como fator positivo para a organização”. Por fim o fator 3, denominado “Transferência de Conhecimento e a Inovação Estratégica”, faz essa transição para as discussões mais voltadas para a inovação estratégica

Szulanski, G. (1996). Exploring internal stickiness: Impediments to the transfer of best practice within the firm: Exploring Internal Stickiness. Strategic Management Journal, 17(S2), 27–43. doi: 10.1002/smj.4250171105 Szulanski, G. (2000). The Process of Knowledge Transfer: A Diachronic Analysis of Stickiness. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 82(1), 9–27. doi: 10.1006/obhd.2000.2884 Szulanski, G. (2003). Sticky knowledge: Barriers to knowing in the firm. London: Sage.