Resumo

Título do Artigo

Orquestração de Redes de Inovação Constituídas no Âmbito de Cidades: Um Estudo de Caso Sobre os Papéis e Atividades dos Orquestradores no Pacto Alegre
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Palavras Chave

Redes de Inovação
Orquestração
Cidades

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes de Cooperação, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Julhete Mignoni
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Porto Alegre
2 - Bruno Anicet Bittencourt
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Escola de Gestão e Negócios - EGN
3 - Silvio Bitencourt da Silva
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - UAPPG

Reumo

A importância das relações e redes interorganizacionais para a inovação é amplamente reconhecida (VALKOKARI et al., 2017). Um contexto em que esse movimento vem ganhando expressão é no âmbito das cidades em que os cidadãos, empresas, universidades, centros de pesquisa e governos podem desenvolver soluções colaborativas a partir de produtos e serviços inovadores (APPIO et al., 2018). Porém, torna-se necessário entender qual o melhor modelo de gestão a ser adotado para as redes de inovação em cidades (LUMINEAU; OLIVEIRA, 2018; MAJCHRZAK et al., 2015).
Embora diversos estudos proponham avanços na compreensão da orquestração de redes de inovação (DHANARAJ; PARKHE, 2006), a discussão sobre o tema ainda é uma caixa preta (NILSEN; GAUSDAL, 2017). São poucos os estudos que conectam o tema com os papéis e atividades dos orquestradores (PIKKARAINEN et al., 2017), suscitando diversos desafios teóricos e empíricos a serem considerados por acadêmicos e gestores. O objetivo central deste trabalho que é o de investigar os papéis e as atividades dos orquestradores de redes de inovação constituídas no âmbito de cidades.
A orquestração das redes de inovação é uma abordagem teórica que enfoca o modo de organização e a liderança nas relações de múltiplos atores (RITALA; ARMILA; BLOMQVIST, 2009). Entende-se que essa capacidade pode abranger diferentes processos de acordo com sua aplicabilidade, compreendendo um conjunto de ações conduzidas por orquestrador (es).Geralmente, a orquestração de uma rede de inovação é realizada por uma empresa hub (DHANARAJ;PARKHE, 2006). Entretanto, estudos recentes têm demonstrado que pode haver vários orquestradores assumindo uma gama distinta de funções (PIKKARAINEN et al 2017)
Para responder às questões de pesquisa, realizou-se uma pesquisa exploratória com um estudo de caso único em profundidade. O caso escolhido para a pesquisa é o caso do Pacto Alegre. O critério de seleção do caso foi a relevância do Caso do Pacto Alegre na construção de uma rede de inovação na cidade de Porto Alegre. Os dados foram coletados por meio de entrevistas em profundidade, pesquisa documental, observação não participante.
A partir das análises realizadas no caso do Pacto Alegre, é possível levantar algumas inferências na relação entre as dimensões da orquestração com os papéis desempenhados pelo(s) orquestrador(es) em uma rede de inovação de cidade. Entende-se que tal discussão e associação ainda é bastante incipiente na literatura, com isso, o presente paper busca trazer contribuições teóricas e gerenciais para o início desse debate. Identificou-se que não se trata de uma relação linear e que se altera de acordo com a trajetória da rede.
O trabalho avança em relação a outros campos ao promover a ampliação do modelo de “orquestração de redes de inovação” com a combinação de elementos distintos oriundo da literatura e na validação de sua aplicabilidade no contexto da rede de inovação. Além disso, ao relacionar diferentes papeis dos orquestradores às dimensões estudadas, percebeu-se que não há uma relação linear e objetiva entre as entre as dimensões e papeis do orquestrador, pois em cada dimensão pode haver mais de um papel sendo desempenhado na orquestração.
APPIO, F.P., LIMA, M., HAIKEL, M.-H., CADENE, A.-L., AND SOTIRIOS, P. Understanding Smart Cities: Innovation Ecosystems, Technological Advancements, And Societal Challenges. Technological Forecasting and Social Change, forthcoming.2018. DHANARAJ, C., & PARKHE, A. Orchestrating innovation networks. Academy of management review, 31(3), 659-669. 2006. PIKKARAINEN, M., ERVASTI, M., HURMELINNA-LAUKKANEN, P., & NÄTTI, S. Orchestration roles to facilitate networked innovation in a healthcare ecosystem. Technology Innovation Management Review, 7(9). 2017.