Resumo

Título do Artigo

AGRICULTURA FAMILIAR, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUSTENTABILIDADE: UMA ANÁLISE TEÓRICO-REFLEXIVA DESSA RELAÇÃO
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Palavras Chave

agricultura familiar
desenvolvimento sustentável
sustentabilidade

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Estratégia e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Thiago Chagas de Almeida
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAdm)
2 - Maria Clara de Oliveira Leite
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - CCJE

Reumo

Os conceitos de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável (DS) são amplamente discutidos na área acadêmica, tendo também múltuplas propostas de caminhos para se chegar a eles. Nesse sentido, a agricultura familiar pode ser entendida como uma prática que se articula ao alcance da sustentabilidade, visto que contribui para o desenvolvimento social e para o crescimento equilibrado do país (Damasceno, Khan & Lima, 2011). Entretanto, faz-se necessário analisar até que ponto a agricultura familiar pode contribuir e como esses conceitos se articulam.
Problema de pesquisa: Como a Agricultura Familiar pode contribuir para a Sustentabilidade e o que de fato é Sustentabilidade, DS e Agricultura Familiar? Objetivo: Analisar a relação entre a Agricultura Familiar, DS e sustentabilidade e refletir sobre os possíveis limites e desafios dessa relação.
Bañon Gomis et al. (2011), indicam que é necessário buscar o equilíbrio entre a lógica social, econômica e ambiental, para que haja um desenvolvimento sustentável duradouro. Feil e Schreiber (2017), com uma interpretação próxima a essa, argumentam que o Desenvolvimento Sustentável deve ser pensado como uma estratégia a longo prazo, que integra os domínios econômicos, sociais e ambientais (ecológicos) de forma contínua. Segundo os últimos autores, as estratégias de desenvolvimento podem ser elaboradas com base em parâmetros que estabeleceram o que é Sustentabilidade.
Ao avançar em possibilidades equilibradas para lidar com os desafios da Agricultura Familiar sustentável, os agricultores esbarram em alguns limites. Segundo Capellesso et al. (2016), as principais políticas públicas agrícolas são associadas a um paradigma produtivista, criando um dualismo tecnológico entre a agricultura convencional, que almeja o aumento progressivo da produção, e a agroecologia, direcionada à adequação ecológica. Dalmoro et al. (2017), também indicam que as políticas públicas agrícolas hegemônicas não são voltadas às lógicas da Agricultura Familiar.
Observou-se que a agricultura familiar tem um potencial de sustentabilidade a ser desenvolvido, sendo amparado e pautado inclusive pelos tomadores de decisão, através da Agenda 2030. No entanto, percebeu-se que há alguns percalços, de certa forma até complementares, a serem superados. Destacam-se como principais: o fato das políticas públicas predominantes terem lógicas divergentes da agricultura familiar; e o desafio de buscar alternativas que realmente articule a agricultura familiar ao DS, para o então alcance da sustentabilidade na sua essência e proposta.
BAÑON GOMIS, A. J., GUILLÉN PARRA, M., HOFFMAN, W. M., MCNULTY, R. E. Rethinking the Concept of Sustainability. Business and Society Review, 116: p. 171-191, 2011.. CAPELLESSO, A. J., CAZELLA, A. A., ROVER, O. J. Ambiguidade de referenciais tecnológicos da ação pública no meio rural: agricultura familiar e limites à sustentabilidade. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 36. p. 167-187, 2016. DAMASCENO, N. P., KHAN, A. S., LIMA, P. V. P. S. O impacto do Pronaf sobre a sustentabilidade da agricultura familiar, geração de emprego e renda no Estado do Ceará. Revista de Economia e Sociologia Rural