Resumo

Título do Artigo

REDES COLABORATIVAS INTERORGANIZACIONAIS: ESTUDO SOBRE AS INOVAÇÕES PROMOVIDAS EM RELAÇÕES DE COOPERAÇÃO
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Palavras Chave

rede colaborativa
cooperação
inovação

Área

Artigos Aplicados

Tema

Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação

Autores

Nome
1 - Fernando Zatt Schardosin
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA (ESAG)
2 - Fabricio Venancio
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - esag
3 - Carlos Roberto de Rolt
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESAG

Reumo

Novas tecnologias têm mudado a forma como a sociedade vive, trabalha e se relaciona, contexto no qual as organizações possuem papel preponderante, na pesquisa, desenvolvimento e gestão dos produtos que devem atender as necessidades desta sociedade. O objetivo deste artigo é estudar as redes colaborativas entre organizações para a inovação no Brasil entre os anos de 2006 a 2017 com base nos dados da Pesquisa de Inovação (PINTEC) da fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o intuito de promover a inovação, muitas organizações optam pelo desenvolvimento de novas tecnologias em colaboração com outras organizações compartilhando recursos e combinando as suas principais competências. Esta realidade é mais latente desde as pressões econômicas a partir dos anos 90, caracterizadas pelo advento de novas formas organizacionais; empresas virtuais, corporações imaginárias, redes dinâmicas e equipes de trabalho flexíveis, assim como o fortalecimento dos laços entre atores científicos e empresariais pode eliminar muitas barreiras, acelerando a difusão da tecnologia.
Cada tipo de rede possui características distintas, pois considera as características dos atores, objeto da cooperação, estratégia, planejamento, similaridades e diferenças embora a similaridade entre as organizações é uma possível condição para o estabelecimento de relações de cooperação pois compartilham de cultura organizacional similar, facilitando a comunicação. Trabalhos demonstram a importância do estudo de redes seja em bases teóricas ou bases empíricas. Assim como o histórico de cooperação de cada organização, como apresentado em vários tipos de estudos de redes.
O estudo utilizou como base de dados as pesquisas publicadas pelo IBGE, denominada PINTEC. Cuja relevância pode ser verificada na medida em que seus resultados têm sido amplamente utilizados pela comunidade acadêmica, associações de classe, empresas e órgãos governamentais de diversas esferas e regiões, pautando, por exemplo, uma série de políticas, especialmente de Ciência, Tecnologia e Inovação, tendo por objetivo a construção de indicadores setoriais, nacionais e regionais das atividades de inovação nas empresas industriais, e de indicadores nacionais das atividades de inovação nas empresas
Evidenciou-se um índice baixo de inovação promovido por redes colaborativas interorganizacionais, que as relações de cooperação para inovação são feitas principalmente com organizações cujo volume de transações é mais elevado, também observou-se que as inovações em cooperação ocorrem principalmente com organizações mais próximas geograficamente, seja no mesmo estado ou dentro do Brasil, porém pouca cooperação com outros países, por fim as evidências apontam que a existência ou não de possibilidades de cooperação não é um fator determinante para a não realização da inovação.
Os resultados apresentam: 1. Apenas 7,67% das inovações promovidas pelas empresas são feitas em cooperação com outras organizações, embora o referencial teórico sugira inúmeros benefícios na cooperação, apresentando um dilema. 2. As relações em cooperação são promovidas principalmente entre organizações com quem mais transacionam. 3. As inovações em cooperação ocorrem principalmente com organizações situadas no mesmo estado e no mesmo país. 4. A escassez de possibilidades de cooperação não é um dos maiores problemas para a inovação, mas poderia ajudar a amenizar outros problemas maiores.