Resumo

Título do Artigo

ABORDAGENS, MODELOS, PAPEIS E ESTILOS DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA NA PÓS-GRADUAÇÃO
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Palavras Chave

Orientação acadêmica
Formação de professores
Mestrado e doutorado

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Formação do Professor e Pesquisador

Autores

Nome
1 - Marcelo Oliveira Júnior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia - DAE
2 - Cléria Donizete da Silva Lourenço
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
3 - RAFAEL RODOLFO SARTORELLI SADOCCO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras

Reumo

Nas últimas décadas, observa-se um aumento de estudantes matriculados em cursos de graduação no Brasil (HENRIQUES, 2018; INEP, 2018), e, consequentemente, no número de estudantes matriculados em programas de pós-graduação stricto sensu (CAPES, 2017), visto que mestres e doutores são demandados para o magistério superior (BRASIL, 1996). No entanto, os programas de pós-graduação, e em especial, os de Administração (FISCHER, 2006) tem colocado a formação para o exercício do ensino, alheia ao processo (LOURENÇO; LIMA; NARCISO, 2016).
Ao se considerar que a realidade da pós-graduação é socialmente construída, visto que é permeada por significados “cristalizados” que se tornam quadros de referência para a conduta dos atores ali inscritos. E, esses significados, são produto das interações sociais desses atores, pelas quais, os primeiros são produzidos e reproduzidos. Questionou-se que elementos (objetivos e subjetivos) permeiam o processo de orientação acadêmica na pós-graduação? Assim, o objetivo deste ensaio é apresentar alguns modelos, papeis e estilos de orientação que compõem o processo de orientação na pós-graduação.
Este ensaio se encora no construcionismo social (GERGEN, 2011; GERGEN, 2014) e usa alguns de seus conceitos para interpretar a realidade da pós-graduação.
Este artigo demonstra a pós-graduação é permeada por agentes, espaços, regras formais e informais, vontades, “verdades”, desejos, metas e construções que transpassam largamente o caráter formativo aceito vulgarmente, constituído apenas de laços formais que desembocam em uma dissertação ou tese. Esse processo é riquíssimo em significados e sentidos, que podem ir desde o fortalecimento de laços de amizade, materialização de projetos de vida e maturação de um trabalho em equipe, como também, pode se restringir a uma semi-exploração acadêmica, relações vazias e meros procedimentos burocráticos.
Conclui-se que a formação didático-pedagógica no processo de orientação da pós-graduação, para ser bem executada, requer um espaço de compartilhamento que abranja todos os indivíduos, contemplados em todas as suas particularidades, no dito e no não-dito. A elaboração de regras explícitas deve envolver constantemente a reflexão, tanto do orientador na forma como se relaciona com o orientado, como vice-versa, dado que ambos são agentes transformadores de si, do outro e da comunidade.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Expansão da pós-graduação no Brasil é destaque para coordenadores de área. GERGEN, K. J. The self as social construction. Psychological Studies, v. 56, n. 1, p. 108-116, 2011. GONZÁLEZ-OCAMPO, G.; BADIA, M. C. Research on doctoral supervision: what we have learnt in the last 10 years. In: MACHIN, T. M.; CLARÀ, M.; DANAHER, P. A. (ed.). Traversing the Doctorate. Suíça: Palgrave Macmillan, 2019.