Resumo

O alto endividamento e a baixa capacidade de geração de caixa podem significar um grande paradigma para os gestores destas empresas. Estes fatores aliados à necessidade de investimento constante em CAPEX e a exigência do capital de giro são elementos que podem comprometer seriamente o futuro de qualquer empresa. Este trabalho procura compreender como as decisões financeiras tomadas pelos gestores influenciam a gestão do capital de giro de 206 empresas brasileiras não financeiras de capital aberto listadas na [B]³, subdivididas em 22 setores no período de 2008 a 2018.

O problema da pesquisa se divide em duas questões: (1) Quais são os fatores que determinam as necessidades do capital de giro das empresas brasileiras; e (2) como as empresas financiam as suas necessidades do capital de giro.

Segundo Pessin e Lemos (2016) estudam caixa e seus equivalentes, contas a receber e estoques, e como a relação entre estas três percepções possibilitam o equilíbrio das contas a pagar. Hill, Kelly e Highfield (2010) Destacam que as empresas que possuem maior capacidade de se autofinanciar estruturam melhor suas políticas de prazos dos ciclos operacionais e financeiros. Hawawini e Viallet, (2009) destacam opções de financiamento quanto a origem e prazos e a importância de conciliar pagamentos e recebimentos. Zouain et al (2011) redução de vendas, inadimplência e despesas financeiras.

As pesquisas de modo geral estão em busca dos motivos originadores dos mais variados temas em estudo, motivo pelo qual a busca pelos determinantes tem ocupado espaço de destaque no meio acadêmico e profissional. As ciências sociais aplicadas como administração e economia têm destinado espaço relevante para este tipo de pesquisa. Embora existam estudos sobre o tema, estas análises não são abrangentes quanto aos determinantes das necessidades do capital de giro.

Os resultados foram robustos e mostraram que a relação das variáveis pode trazer impactos positivos ou negativos dependendo da ótica sob a qual se observa a necessidade do capital de giro e que as decisões dos gestores das empresas, em especial os gestores financeiros que têm condições de analisar os impactos monetários das demais atividades que ocorrem na empresa, devem ser tomadas de forma ampla considerando diferentes fatores e suas respectivas consequências.

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