Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE DO PERFIL COMPORTAMENTAL DE CONTROLLERS NO BRASIL
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Palavras Chave

Perfil
Controller
Controladoria

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Luciane Reginato
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - EAC
2 - Samuel de Oliveira Durso
Faculdade FIPECAFI (FIPECAFI) - Mestrado Profissional

Reumo

A área de Controladoria exerce um papel fundamental para a manutenção da saúde econômico-financeira das organizações. Nesse contexto, a atuação dos controllers torna-se importante a fim de assegurar que os resultados almejados sejam alcançados e a continuidade da empresa seja preservada. Entender o perfil desse profissional da controladoria pode contribuir significativamente para melhorias em seu desempenho, de sua área e da organização em que atua. Sob a ótica comportamental, ganham realce os traços de personalidade e as características de atuação individual e interpessoal.
Buscando contribuir para o desenvolvimento da literatura sobre Controladoria e o perfil de seus profissionais, a questão que norteou a pesquisa foi: Qual o perfil comportamental dos controllers no Brasil? O objetivo geral para respondê-la consistiu, portanto, em analisar o perfil comportamental dos controllers no Brasil, buscando identificar fatores internos e externos aos indivíduos que possam ter correlação com os perfis comportamentais apresentados.
A fundamentação envolveu 2 vertentes: a) controladoria, suas funções, objetivos e importância do profissional responsável, calcando-se em literatura clássica e estudos precedentes (Heckert e Willson, 1963; Kanitz, 1977; Roehl-Anderson, 1996; Catelli, 2001; Tung, 2016 etc); b) Perfil do Controller, destacando-se as características individual e interpessoal com base em teorias e estudos de personalidade, comportamental e administrativos (Modelo Big five; Gerrig e Zimbardo, 2002; Robbins, 2011; McShane, 2014 etc).
A pesquisa contou com 104 respostas de profissionais da controladoria, completas e válidas, que foram obtidas por meio de questionário. O instrumento foi aplicado por meio da plataforma surveymonkey no período entre julho de 2019 e Julho de 2020. O questionário foi validado por especialistas, cujo pré-teste foi aplicado em 15 empresas inicialmente. O bloco com as questões acerca do perfil foi construído com base na literatura. Os dados coletados foram analisados por meio de correlações e regressões lineares múltiplas, usando o software Stata13.
Os resultados mostraram que profissionais da controladoria com mais tempo de empresa e mais idade tendem a sofrer menos estresse. Os níveis de motivação foram altos. Quanto à tomada de decisão, os achados indicaram alta maturidade profissional. Extroversão apareceu com médias altas, exceto no que diz respeito às conversas contínuas internas e externas, o que significa que o profissional tende a ser mais reservado nessa questão, e também apresentou baixos índices de abertura para novas experiências. O comportamento interpessoal apontou para necessidade de desenvolvimento das características.
Concluiu-se que os controllers participantes do estudo apresentaram comportamento em linha com o que foi exposto na literatura. Apareceram bons níveis de motivação, poder de tomada de decisão, consciensiosidade e trabalho em equipe. Em contrapartida, notou-se a presença de comportamentos geradores de estresse e um campo para melhorar as características interpessoais. Ainda, encontrou-se que não há diferenças significativas entre o perfil de profissionais de empresas da MM e de outras fontes.
Fiirst, C.; Lavarda, C. E. F.; Pamplona, E.; Zonatto, V. C. S. (2018). Perfil do controller e a evolução histórica da profissão no contexto brasileiro. Revista Enfoque, 37 (2), 1-20. Gerrig, R.; Zímbardo, P.(2002). Psychology and life. Boston: Pearson. Heckert, J.B.; Willson, J. D. (1963). Controllership. New York: The Ronald Press Company. Oro, I. M., Dittadi, J. R., Carpes, A. M. S., & Benoit, A. D. (2009). O perfil do profissional de controladoria sob a ótica do mercado de trabalho brasileiro. Pensar Contábil, 11(44), 5-15.