Proposição de Modelo Teórico
Propensão ao empreendedorismo
Características individuais preditoras
Área
Empreendedorismo
Tema
A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências
Autores
Nome
1 - Loreni Maria dos Santos Braum UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - Marechal Cândido Rondon
2 - VÂNIA MARIA JORGE NASSIF UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Administração
Reumo
Na literatura atual percebe-se que há confusão na definição da propensão ao empreendedorismo, a qual por vezes é tratada como predisposição, como intenção e outras como comportamento. Asoh, Rivers, McCleary, & Sarvela (2005, p. 216), por exemplo, a definem como “o grau em que um indivíduo ou grupo de indivíduos está inclinado, determinado e amparado para se tornar um empreendedor ou já estar atuando como um”, ou seja, incluem os já empreendedores na definição, extrapolando a ideia de antecedente da intenção empreendedora.
Diante disso, nota-se a relevância de realizar novas pesquisas para compreender a propensão ao empreendedorismo, sobretudo para esclarecer as divergências sobre as características individuais preditoras. Assim, o questionamento que orienta este estudo é: Quais são as características individuais preditoras da Propensão ao Empreendedorismo?
O objetivo deste estudo consiste em propor um modelo teórico da relação entre características individuais e a propensão ao empreendedorismo.
2.1 Construtos usados nas pesquisas sobre futuros empreendedores
Uma busca na base de dados Scopus revelou que pelo menos quatro constructos já foram empregados em pesquisas que investigaram a predisposição de alguns indivíduos em se tornarem empreendedores no futuro, os quais são: inclinação para o empreendedorismo, tendência ao empreendedorismo, propensão ao empreendedorismo e orientação empreendedora individual.
No modelo teórico proposto onze características individuais são consideradas preditoras da propensão ao empreendedorismo.
A revisão da literatura revelou que onze características individuais podem influenciar a propensão ao empreendedorismo, sendo que oito podem ser consideradas estimuladoras (comportamento inovador, necessidade de autonomia, necessidade de realização, proatividade, lócus de controle interno, tolerância à ambiguidade, propensão ao risco e autoeficácia), exercendo influência positiva e três podem ser consideradas inibidoras (lócus de controle externo, intolerância à ambiguidade e aversão ao risco), influenciando negativamente.
Neste modelo teórico propõe-se que a propensão ao empreendedorismo é explicada por meio de onze antecedentes (variáveis independentes) sendo oito destes estimuladores (comportamento inovador, necessidade de autonomia, necessidade de realização, proatividade, lócus de controle interno, tolerância à ambiguidade, propensão ao risco e autoeficácia), as quais a influenciam positivamente e, três são inibidores (lócus de controle externo, intolerância à ambiguidade e aversão ao risco), os quais a influenciam negativamente.
Caird, Sally (2013). General measure of Enterprising Tendency test. www.get2test.net. Disponível em http://oro.open.ac.uk/5393/2/Get2test_guide.pdf. Acesso em 03 jan 2018.
Chaudhary, R. (2017). Demographic factors, personality and entrepreneurial inclination: A study among Indian university students. Education + Training, 59(2), 171-187.
Chelariu, C., Brashear, T. G., Osmonbekov, T., & Zait, A. (2008). Entrepreneurial propensity in a transition economy: exploring micro-level and meso-level cultural antecedents. Journal of Business & Industrial Marketing, 23(6), 405-415.