Resumo

Título do Artigo

A SUA FORMA DE ENSINAR ME MOTIVA E EU PERCEBO QUE APRENDO?
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Motivação Acadêmica
Nível Percebido de Aprendizagem
Práticas Pedagógicas

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Experiências no ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - EMERSON ANDRADE GIBAUT
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
2 - Adriano Leal Bruni
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - Faculdade de Ciências Contábeis e Escola de Administração

Reumo

A prática adotada pelo professor pode refletir em diversos fatores motivacionais,neste estudo, as práticas pedagógicas foram direcionadas ao modelo de ensino adotado pelo professor, a participação dos alunos no planejamento e condução das aulas e, aos critérios de avaliação de desempenho dos alunos. O trabalho discute essa possível relação a partir da ideia de que a prática pedagógica, baseada em metodologia ativa, pode interferir diretamente na motivação do discente, seja qual for o tipo de interferência motivacional: a extrínseca, em suas distintas subdivisões, a intrínseca e a desmotivação.
O estudo relaciona a ação dos docentes, a partir de uma elaboração de cenários de atuação pedagógica do docente, com o uso de práticas ativas ou passivas. Diante deste contexto, problematiza-se: de qual forma as Práticas Pedagógicas adotadas pelos docentes de Contabilidade estão associadas à Motivação Acadêmica e ao Nível Percebido de Aprendizagem dos discentes nas IES de Salvador (BA)?
A Teoria da Autodeterminação aborda que sob o aspecto motivacional extrínseco há uma força cognitiva capaz de influenciar e motivar, porque existe uma pressão para atingir um objetivo para algo ou por alguém (sistema de recompensas), ou porque há uma exigência para ser feito (obrigação). Essa teoria foi selecionada com a finalidade de ajudar a compreender os comportamentos expressados diante da motivação. A Autodeterminação, segundo Ryan e Deci (2000), identifica os aspectos motivacionais subdivididos em categorias que englobam elementos para mensurar os níveis dentro da percepção acadêmica.
O trabalho analisa as práticas pedagógicas, a motivação acadêmica e o nível percebido de aprendizagem, discutindo a relação entre estas três variáveis. Os questionários foram aplicados a partir da percepção dos discentes às aulas ministradas pelos docentes, identificando-se o tipo de IES em que estes atuam. A identificação dos discentes foi composta por gênero, idade, período e experiência profissional. A ideia principal da pesquisa é verificar se a motivação acadêmica do aluno e o nível percebido de aprendizagem sofrem influência da prática pedagógica adotada pelo professor.
A pesquisa envolveu amostra formada por 490 estudantes de Ciências Contábeis de quatro instituições de ensino superior da Bahia. Os dados do estudo foram coletados por meio de questionário, contendo 3 escalas: práticas pedagógicas; motivação acadêmica e nível percebido de aprendizagem. Ao todo, as escalas continham 61 quesitos do tipo escala Likert, separados em dois cenários, apresentados com questionários distintos (práticas pedagógicas ativas e práticas pedagógicas passivas) e foram analisados com base na Teoria da Autodeterminação.
Para obter o resultado, utilizaram-se três escalas psicométricas, capazes de identificar a prática de ensino adotada pelo professor e de mensurar a motivação acadêmica do aluno, além de medir o seu respectivo nível percebido de aprendizagem. Os resultados apresentados indicam que as práticas pedagógicas interferem na motivação acadêmica e no nível percebido de aprendizagem, possuindo a motivação acadêmica interferência no nível percebido de aprendizagem.
Cornacchione, E. B. et al. (2012). Os saberes dos professores-referência no ensino de contabilidade. Revista Contabilidade e Finanças, v. 23, n. 59, p. 142–153. Leal, E. A. et al. (2013). Teoria da autodeterminação: uma análise da motivação dos estudantes do curso de ciências contábeis. Revista Contabilidade e Finanças, v. 24, n. 62. Ryan, R. M.; Deci, E. L. (2000). Self-determination theory and facilitation of intrinsic motivation, social development, and well-being. American Psychologist, v. 55, n.1. Vallerand, R. J. et al. (1992). The academic motivation scale: a measure of intrinsic.