Resumo

Título do Artigo

INFLUÊNCIA DOS ATIVOS INTANGÍVEIS NA CRIAÇÃO DE VALOR DE COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Ativos intangíveis
Cooperativas
Valor econômico

Área

Finanças

Tema

Estrutura de Capital e Valor

Autores

Nome
1 - Wagner Dantas de Souza Junior
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - Foz do Iguaçu
2 - CHALINE EVANGELHO MEYR
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - Cascavel
3 - Delci Grapegia Dal Vesco
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - cascavel

Reumo

A presente pesquisa versa sobre os ativos intangíveis e a criação de valor de cooperativas agropecuárias brasileiras. Alguns autores (Gomes, 2001; Uliana & Gimenes, 2008; Santos, 2011; Schmitk et al., 2016) se propuseram a avaliar o valor dos ativos intangíveis de cooperativas agropecuárias brasileiras, utilizando diferentes métodos para capturar a agregação do valor. Este estudo se propõe a avaliar os ativos intangíveis por meio da metodologia de Gu e Lev (2003) e diferencia-se dos demais ao estimar a influência dos ativos intangíveis sobre o valor econômico das cooperativas.
A questão de pesquisa é: qual é a influência dos ativos intangíveis na geração de valor econômico de sociedades cooperativas agropecuárias brasileiras? O objetivo geral é analisar a influência dos ativos intangíveis na criação de valor das sociedades cooperativas agropecuárias brasileiras. Adaptar o modelo de Gu e Lev (2003) frente à realidade econômica brasileira, estimar a influência dos ativos intangíveis sobre a geração de valor com o uso de modelagem por dados em painel e analisar e interpretar a o efeito de ativos intangíveis na geração de valor econômico destas organizações.
Os ativos intangíveis podem ser entendidos como recursos não materiais que fazem parte do processo produtivo e são necessários para a criação ou aprimoramento de novos produtos e processos (Arrighetti, Landini, & Lassagni, 2014). A possível relação entre intangíveis e geração de valor tem suporte nos estudos de Gomes (2001), Uliana e Gimenes (2008), Santos (2011), Braune et al. (2012), Schmitk et al. (2015), e Perez e Famá (2015).
É uma pesquisa quantitativa, descritiva, documental e hipotético-dedutiva (Lakatos & Marconi, 1991). Espera-se conceitualmente que os ativos intangíveis influenciem a geração de valor econômico nas cooperativas agropecuárias brasileiras. Os ativos intangíveis serão avaliados pelas variáveis operacionais ICR, IDEM e ICM, obtidos da metodologia de Gu e Lev (2003). O valor econômico será estimado através da variável EBITDA e espera-se testar as hipóteses estabelecidas (H1, H2 e H3) através da relação entre os indicadores citados e a variável EBITDA para responder à pergunta de pesquisa.
A rejeição da primeira hipótese do estudo contribui para a reflexão sobre o valor contábil registrado no balanço patrimonial destas organizações, que pode não estar refletindo o real valor do intangível das sociedades cooperativas agropecuárias no país. Os resultados alcançados por meio da segunda e terceira hipóteses apontam que o capital intangível e a margem de ganhos intangíveis contribuem para a geração de valor econômico nessas empresas.
Os resultados apontam na direção de que o capital intangível e a margem de ganhos intangíveis contribuem para a geração de valor econômico nestas organizações. A rejeição de uma das hipóteses contribui para a reflexão sobre o valor contábil registrado no balanço patrimonial, que pode não estar refletindo o real valor do intangível nas cooperativas agropecuárias no país. O modelo de Gu e Lev (2003) se mostrou relevante para captar o valor dos ativos intangíveis em cooperativas agropecuárias brasileiras.
Braune, E. S., Saliba, J. A., Basso, L. F. C., & Kimura, H. (2012). A influência dos ativos intangíveis na criação de valor de empresas norte-americanas do setor de serviços ao consumidor. Revista Gestão & Políticas Públicas, 1(2). Kayo, E. K., Kimura, H., Martin, D. M. L., & Nakamura, W. T. (2006). Ativos intangíveis, ciclo de vida e criação de valor. Revista de administração contemporânea, 10(3), 73-90. Gu F, & Lev B. (2003). Intangible assets measurement, drivers, usefulness. Working Paper, Boston.