Resumo

Título do Artigo

O AFETIVO E O COGNITIVO DE MÃOS DADAS: UMA AVALIAÇÃO DAS AMEAÇAS E COMPORTAMENTOS DE SUPERAÇÃO NO EMPREENDEDORISMO POR MULHERES
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Palavras Chave

Empreendedorismo por mulheres
Aspectos afetivos
Aspectos cognitivos

Área

Empreendedorismo

Tema

A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências

Autores

Nome
1 - VÂNIA MARIA JORGE NASSIF
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Administração
2 - Ana Luisa Dal Belo Carneiro Leão
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Doutoranda de Administração
3 - MARCIA MARIA GARÇON
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU (USJT) - Escola de Administração

Reumo

Esta pesquisa trata dos aspectos afetivos e cognitivos das ameaças encontradas no empreendedorismo por mulheres. A partir da perspectiva integrativa, propõe uma tipologia que abrange as principais ameaças e seus comportamentos de superação. É um estudo qualitativo, de natureza exploratória, realizado com 65 mulheres pertencentes à RME, em 10 estados brasileiros. O instrumento de coleta de dados foi entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados pela análise de conteúdo (Bardin, 1977). As contribuições apresentam robustez teórica e empírica e avançam nos estudos do campo.
Essa pesquisa justifica-se pela intenção em eliminar tais lacunas e contribuir com o campo ao responder: como os aspectos afetivos e cognitivos se manifestam em situações de ameaças no empreendedorismo por mulheres? Para isso, teve como principal objetivo identificar as ameaças e os comportamentos de respostas utilizados pelas empreendedoras como mecanismos de defesa e superação.
A sustentação teórica para empreendedorismo por mulheres vem das contribuições de Fischer, Reuber e Dyke (1993) observaram, a falta de estruturas integrativas capazes de compreender a natureza das questões relacionadas com o sexo, gênero e empreendedorismo ainda é considerada obstáculo para o avanço dos estudos sobre empreendedorismo por mulheres. Welter et al. (2006), Gartner (1995) e Sarasvathy, (2004) mencionarem que novas pesquisas devem compreender os obstáculos existente do comportamento das empreendedoras e de seus negócios.
Caracteriza-se por um estudo qualitativo, de natureza exploratória, realizado com 65 mulheres pertencentes à Rede de Mulheres Empreendedoras, de 10 estados. O instrumento de coleta de dados foi entrevista, com roteiro semiestruturado, realizada presencialmente nos locais de trabalhos das empreendedoras. Os dados foram gravados, transcritos e analisados à luz de dois softwares para dados qualitativos: Iramuteq para análise do corpus textual e identificação das ameaças mais recorrentes; Atlas ti, que agrupou os dados nas categorias, dando a elas, a validação necessária.
Os resultados evidenciam o surgimento de sentimentos/emoções negativas em situações adversas que influenciam os aspectos cognitivos e podem interferir negativamente no sucesso dos negócios. Também, trazem evidências de que as mulheres empreendedoras conseguem reverter as adversidades e tomar decisões importantes para a manutenção dos seus negócios. Tais achados, resultaram em uma tipologia teórica e empiricamente consistente: Ameaças Afetivas; Ameaças Pessoais; Ameaças Culturais. Comportamento de Busca de Apoio; Comportamento de Diálogo e Negociação; Comportamento de Resiliência.
Esse estudo confirma pressuposto teórico da Psicologia sobre a indissociabilidade dos aspectos afetivos e cognitivos e refuta o direcionamento da Administração em apartar as emoções do negócio dos empreendimentos ao iluminar o peso da influência do afetivo nas decisões e nas estratégias. Apresenta-se como importante avanço nos estudos integrativos sobre gênero e empreendedorismo. A tipologia sugerida de Ameaças e Comportamentos de Superação avança na definição de conceitos apropriados aos pequenos negócios. As proposições geradas apresentam-se como contribuições para estudos futuros.
Ashforth & Humphrey (1995); Putnam & Mumby (1993); Foo, 2011); (Ajzen, 1991; Krueger, 1993; Bird, 1998; Chen, Greene & Crick, 1998; Krueger, Reilly & Carsrud, 2000; Davidsson & Honig, 2003; Zhao, Seibert & Hills, 2005); Chaganti 1986; Evans & Leighton, 1989; Smallbone & Welter, 2001; Greve & Salaff, 2003; Aldrich & Cliff 2003; Carter et al., 2007), Kanter, 1977; Brockhaus, 1980; West & Zimmerman, 1987; Acker, 1990; Zahra et al., 2009; Ahl & Marlow, 2012; Buttner & Moore, 1997; Caputo & Dolinsky, 1998; Shelton, 2006; DeBruin, Brush & Welter, 2007; Ariely, 2008; Damasio, 1994; Elster, 2009; Frit