1 - Rafael de Freitas Souza UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA
2 - Julio Araujo Carneiro da Cunha UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - PPGA
3 - Hamilton Luiz Correa Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Departamento de Administração
Reumo
Os modelos de avaliação de desempenho para as instituições de ensino superior no Brasil comumente são elaborados a partir de elementos arbitrários e subjetivos. Segmentações dos níveis de desempenho têm seus estratos definidos sem o respaldo adequado para se ter uma segregação de grupos de desempenho mais eficientes.
Diante da arbitrariedade na elaboração e modelos para avaliação de desempenho em universidades, a pesquisa tem por objetivo propor um modelo de segmentação por níveis de desempenho para universidades no Brasil.
Para a pesquisa, define-se por avaliação de desempenho o conjunto de mecanismos vinculados à estratégia organizacional (Bititci et al., 2012) direcionados à quantificação e à medição do desempenho organizacional como um todo (Taticchi et al., 2015), considerando dados financeiros e não-financeiros, e em que a ação nela respaldada leva à aferição da performance (Neely et al., 2005). A partir dessa perspectiva, a avaliação de desempenho em universidades é analisada.
A pesquisa apresentada fundamenta-se em: a) levantamentos bibliográficos; b) na evidenciação empírica da bibliografia selecionada; c) na experiência dos pesquisadores em razão de suas atuações e contribuições no assunto discutido; d) na construção positivista quantitativa fruto da modelagem multivariada de dados valendo-se de Regressões Logísticas Multinomiais; e) na utilização de dados financeiros e não financeiros; e f) e na utilização mútua de variáveis quantitativas e qualitativas.
Os resultados mostram que o modelo mais eficiente de segmentação para níveis de desempenho é o que divide as universidades em quartis, que se fortalece ainda mais quando se trata de universidades públicas.
Como contribuição para a prática gerencial, ofertam-se cinco modelagens com até 13 variáveis explicativas que pode ser utilizado para controlar o desempenho das universidades brasileiras conforme seus estratos de desempenho. Como contribuição teórica, coloca-se que níveis de desempenho devem considerar natureza e orientação estratégica da organização.
Bititci, U., Garengo, P., Dörfler, V. & Nudurupati, S. (2012). Performance measurement: challenges for tomorrow. International Journal of Management Reviews, 14(3), 305–327.
Neely, A., Gregory, M., & Platts, K. (2005). Performance measurement system design: a literature review and research agenda. International Journal of Operations & Production
Taticchi, P., Garengo, P., Nudurupati, S.S.; Tonelli, F. & Pasqualino, R. (2015). A review of decision-support tools and performance measurement and sustainable supply chain management. International Journal of Production Research, 53(21), 6473-6494.