Resumo

Título do Artigo

Recomendações para Implementação de Aceleradoras Corporativas: Um Estudo de Casos Múltiplos no Brasil
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Palavras Chave

Aceleradora Corporativa
Startups
Corporate Ventures

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - Franklin Thiago Ribeiro Yamaçake
-
2 - Edson Ricardo Barbero
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Mestrado em Administração de Empresas

Reumo

O apoio às startups vem se expandindo. Tal contexto contribui para o aparecimento de um ambiente mais propício ao surgimento de soluções disruptivas aos negócios tradicionais. Por conta disso, muitas corporações têm percebido que não basta investir em pesquisa e desenvolvimento internamente à organização. As startups apresentam vantagens em relação à grandes corporações: agilidade organizacional, potencial para ideias promissoras, aspiração por tomar risco e crescimento rápido (Weiblen & Chesbrough, 2015). Surgem então os programas corporativos de aceleração de startups.
Nota-se particularmente que não há investigações qualitativas que retratem como as aceleradoras corporativas estão sendo implementadas e quais práticas poderiam ser consideradas mais bem-sucedidas. Esta é a lacuna teórica que se suprime com a presente pesquisa. Este estudo responde a seguinte questão: Como os programas corporativos de aceleração de startups estão sendo implementados? Mais especificamente, questiona-se: A partir das experiências iniciadas no Brasil, quais práticas podem ser consideradas mais críticas para a implementação deste tipo de iniciativa?
A literatura sobre empreendedorismo classicamente enfatizou o nível microeconômico (indivíduos e empresas). Recentemente, porém, observou-se mudança para uma visão mais abrangente.Blank & Dorf (2012) definem startup como uma organização temporária em busca de um modelo de negócio repetível e escalável. A relação entre empresas e startups podem ser tipo corporate venturing capital, plataforma de startups e incubadora corporativa (Weiblen e Chesbrough, 2015). Este tópico apresenta a literatura sobre implementação de programas de aceleração de startups (PCAS) em um único quadro proposto.
Esta pesquisa é qualitativa. A literatura sobre ações recomendadas na implementação de PCAS é incipiente. A presente pesquisa utiliza o método de Estudo de Casos Múltiplos com base no modelo teórico proposto por Kohler (2016). Selecionou-se 3 PCAS com base na definição de Heinemann (2015). Desenvolvou-se entrevistas em profundidade e análise documental. As entrevistas foram tanto com as empresas como com startups. Isto garantiu a necessária triangulação (Yin, 2001). Após coleta de dados empreendeu-se um grupo de foco com especialistas para aprofundar as análises e diminuir viéses.
Os resultados apontam para nove novas proposições encontradas nos casos, mas não presentes na literatura. Destaca-se a modificação cultural necessária devido às diferenças entre corporações e startups. Além disso, observou-se a premência de ações mais "efectuais", uma vez que o modelo de Kohler (2016), utilizado como base do estudo, é notadamente "causal". Em adição, reforçou-se e detalhou-se alguns achados da literatura e, também, compreendeu-se que as recomendações devem respeitar nuances específicas, ao invés de recomendações padronizadas.
O estudo atingiu seus objetivou e desenvolveu contribuições para a prática empresarial e para a academia. Assim, apesar da característica normativa do trabalho, também se logrou estender o arcabouço teórico sobre o tema. Sobretudo, com críticas e acréscimos ao modelo e as recomendações de Kohler (2016). Ao final do artigo recomenda-se estudos futuros, haja vista que o assunto é pujante em termos de novas questões de pesquisa e merece ser aprofundado.
Faury, T. P., & de Carvalho, M. M. (2013). Corporate venture capital: geração e acompanhamento de oportunidades de investimento em empresas inovadoras. Produção, 23(4), 735-750. Kohler, T. (2016). Corporate accelerators: Building bridges between corporations and startups. Business Horizons, 59(3), 347-357 Janssen, F. (2009) Does the Environment Influence the Employment Growth of SMEs? Journal of Small Business and Entrepreneurship 22 (3), 311–26 Weiblen, T. & Chesbrough H.W. (2015). Engaging with startups to enhance corporate innovation. California Management Review, 57(2), 66-90.