Resumo

Título do Artigo

EFICIÊNCIA TÉCNICA NO SETOR SUPERMERCADISTA BRASILEIRO
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Palavras Chave

Eficiência Técnica
Fronteira de Produção
Supermercados

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Economia de Empresas

Autores

Nome
1 - Tricia Thaise e Silva Pontes
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - são paulo
2 - Claudio Felisoni de Angelo
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA
3 - Daniel Reed Bergmann
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Departamento de Administração
4 - Nuno Manoel Martins Dias Fouto
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Departamento de Administração

Reumo

O aumento da concorrência no mercado varejista faz com que as empresas reduzam suas margens de lucro e passem a adotar um controle mais rigoroso da produtividade e eficiência de suas operações. A análise da eficiência é capaz de fornecer informações a respeito de como estão sendo usados os recursos por cada empresa, funcionando ainda como um importante indicador estratégico à medida que permite comparação entre as concorrentes.
Este estudo tem como objetivo investigar os fatores determinantes da eficiência técnica no setor de supermercados brasileiro com base na aplicação do método de fronteira de produção estocástica a uma amostra de 82 redes de supermercados em operação no Brasil entre os anos de 2006 e 2015.
A eficiência técnica de uma unidade produtiva refere-se à capacidade de transformar um determinado conjunto de insumos em um volume máximo de resultados ou produtos (Farrell, 1957). Recentemente alguns trabalhos na área de desempenho no varejo têm se dedicado a estudar a importância dos fatores exógenos à produção para mensuração da eficiência operacional das empresas. Com base na literatura encontrada, foram levantadas três hipóteses a cerca do impacto dos fatores experiência, market-share e fusões & aquisições sobre a eficiência técnica dos supermercados.
A eficiência foi estimada por meio da análise da fronteira estocástica com dados em painel e heterogeneidade observada. Os modelos de fronteira estocásticas são modelos econométricos, utilizados para estimar os desvios de desempenho das firmas a partir de suas fronteiras de produção. Esses desvios são decompostos em dois componentes: o erro estatístico convencional e a ineficiência individual de cada firma. Incluindo variáveis que representam características específicas das empresas (heterogeneidade) no termo de ineficiência, é possível encontrar aquelas que exercem maior impacto no resultado.
Os resultados mostraram que a grande maioria dos supermercados da amostra são ineficientes tecnicamente. Com relação aos fatores determinantes da eficiência, os modelos de SFA com heterogeneidade foi possível encontrar evidências do impacto do poder de mercado e da realização de fusões e aquisições sobre a eficiência dos supermercados, confirmando duas das hipóteses propostas na pesquisa.
Em termos práticos, a análise da eficiência técnica e seus fatores determinantes para diferentes redes de supermercados podem ser usadas pelas empresas ineficientes para realizar benchmarking externo e orientar estratégias de crescimento.
Aigner, J., Lovell, K., & Schmidt, J. (1977). Formulation and estimation of stochastic frontier production function models. Journal of Econometrics, 6 (1), 21-37. Battese, G.E., & Coelli, T. J. (1995). A Model for Technical Inefficiency Effects Stochastic Frontier Production Function for Panel Data. Empirical Economics, 20, 325-332. Farrell, M. (1957). The measurement of productive efficiency. Journal of the Royal Statistical Society, 120 (3), 253-290.