Resumo

Título do Artigo

INTENÇÃO EMPREENDEDORA DOS DISCENTES DE ENSINO SUPERIOR SOB A ÓTICA DA ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
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Palavras Chave

Empreendedorismo
Intenção Empreendedora
Abordagem Comportamental

Área

Empreendedorismo

Tema

A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências

Autores

Nome
1 - Erico Aurelio Abreu Cardozo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPEAD - Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração - FACE/UFMG
2 - Renata Petrin
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPEAD - Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração - FACE/UFMG

Reumo

Diante da necessidade de desenvolver novos empreendedores, diversos estudos têm discutido como o empreendedorismo deve ser estimulado. Krueger e Brazel (1994) e Athayde (2009) afirmam que para desenvolver a capacidade empreendedora, principalmente nos jovens, alguns atributos latentes nos seres humanos devem ser trabalhados, por isso é importante medir a Intenção Empreendedora com a finalidade de estimulá-la e formar profissionais de sucesso.
Embora as pessoas possam desenvolver suas habilidades empreendedoras, elas só irão empreender se houver intenção empresarial, o que é o primeiro indicativo do comportamento de indivíduos dispostos a assumirem os riscos que envolvem um negócio (Fayolle et al., 2006; Liñán & Chen 2006, 2009; Mangundjaya, 2012; Miranda, Chamorro-Mera, Rubio & Pérez-Mayo, 2017; Moriano, Palací & Morales, 2007). Posto isso, diante da possibilidade de se tornar um empreendedor a partir do desenvolvimento de habilidades e aquisição de conhecimento e do fato de que a ação de empreender depende de incentivo,o objetivo.
Na Teoria do Planejamento do Comportamento (TPB - Theory of Planned Behaviour) a Intenção Empreendedora é concebida como um esforço que o indivíduo exerce para efetuar uma atividade empresarial a partir de comportamentos planejados. Assim, o empreendedorismo é previsto por intenções, que são derivadas de atitudes (Ajzen, 1991), que podem mudar e evoluir ao longo do tempo. Essas atitudes não são iguais em todos os indivíduos e são derivados de fatores exógenos como as influências culturais (Crant, 1995; Crant & Bateman, 2000).
Com o objetivo de avaliar a Intenção Empreendedora dos discentes de uma instituição de Ensino Superior localizada na região sudeste do brasil, optou-se nesta pesquisa pela abordagem quantitativa, não experimental, por meio do método de survey. Além disso, apresentou caráter descritivo, em que variáveis foram observadas, registradas e correlacionadas, no seu desenvolvimento (Creswell, 2009). A partir da TBP as foram desenvolvidas cinco hipóteses que relacionaram Atitude pessoal,Controle Comportamental Percebido, Norma Subjetiva e Intenção Empreendedora,
Os achados confirmaram quatro das hipóteses analisadas (H1, H2, H4 e H5). Esse resultado indica que a Atitude Pessoal e o Controle Pessoal Percebido impactam de forma positiva na Intenção Empreendedora. Além disso, observou-se que os fatores também se influenciam mutualmente,isto é,a Norma Subjetiva interfere diretamente e de forma positiva na Atitude Pessoal e no Controle Pessoal Percebido. Apesar da variação, a Intenção Empreendedora poder ser explicada em grande parte (R2 = 58,3%) pelos construtos Atitude Pessoal, Norma Subjetiva e Controle Comportamental Percebido do ponto de vista teórico
Em função dos resultados obtidos e com base nas discussões apresentadas na literatura sobre os fatores influentes na Intenção Empresarial, conclui-se que os discentes participantes desta pesquisa apresentam certa afetividade(gosto e atração pela atividade)e veem vantagens e oportunidades na carreira de empreendedor,o que foi confirmado na hipótese H1,assim como em alguns estudos sobre essa temática (Ajzen, 2001; Liñán & Chen 2009). Entretanto, a pressão social(Norma Subjetiva)foi apontada como um fator que influencia na atitude pessoal dos discentes em relação a avalição da atividade empresari
Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior, Organizational Behavior and Human Decision Processes, 50(2) Athayde, R. (2009). Measuring enterprise potential in young people. Entrepreneurship: Theory and Practice, 33(2), 481–500. doi:10.1111/j.1540-6520.2009.00300.x Liñán, F., & Chen, Y. W. (2009). Development and Cross-Cultural application of a specific instrument to measure entrepreneurial intentions. Entrepreneurship Theory and Practice, 33(3), 593-617