Resumo

Título do Artigo

O Desenvolvimento de uma Matriz de Avaliação pela Qualidade Percebida para Recomendação de Objetos de Aprendizagem para Alunos do Curso de Administração
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Palavras Chave

Objetos de aprendizagem
Sistema de Recomendação
Matriz de avaliação por qualidade percebida

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

E-learning e o uso de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)

Autores

Nome
1 - WALBER LINS PONTES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (UFMA) - Departamento de Ciências Contábeis, Ciências Imobiliárias e Administração

Reumo

Um recorte sobre um sistema de recomendação de Objetos de Aprendizagem (OAs) por competências. Neste trabalho se observa especificamente o mecanismo de construção de uma matriz de avaliação da qualidade percebida. A matriz agrega ao processo de recomendação uma métrica de avaliação que pode mensurar a adequação entre o esperado e o recebido pelo aluno. A matriz foi desenvolvida considerando a avaliação e recomendação de OAs para o curso de administração presencial. Assim, esta investigação apresenta uma proposta de avaliação da qualidade percebida da recomendação de OAs por competências.
Qual estrutura métrica matricial permitiria mensurar a qualidade percebida para recomendação de Objetos de Aprendizagem? No intuito de propor uma métrica de avaliação reconheceu-se como objetivo central a construção de uma matriz de avaliação por qualidade percebida. Deste objetivo central desdobrou-se objetivos auxiliares que são: 1 – identificar uma teoria sobre qualidade percebida que se adequasse a proposta da matriz; 2 – determinar os elementos de expectativa do aluno; 3 – estabelecer os elementos de percepção decorrente do uso; 4 - relacionar os elementos de expectativa e percepção.
A qualidade percebida como mecanismo de avaliação se fundamentou na teoria de Oliver (1997) que relaciona o esperado pelo consumidor sobre um bem ou serviço e o que ele reconhece diante do que foi efetivamente entregue. Incorporaram-se as concepções de Nickels e Wood (1999) sobre a disponibilização de bens e serviços ao consumidor para caracterização das expectativas e a base conceitual de Rios, Maçada e Lunardi (2005) para estruturação das percepções. A avaliação por qualidade percebida permite a aproximação do elemento recomendado ao que é esperado pelo usuário (CAZELLA; et ali, 2010).
Este artigo é um recorte de um estudo maior que apresenta o desenvolvimento de uma matriz de avaliação para objetos de aprendizagem (OAs) por qualidade percebida como uma métrica de avaliação. O desenvolvimento se deu por uma abordagem qualitativa tendo por procedimento um conjunto de 7 encontros, entre os meses de março e maio de 2016, com 7 professores de administração. Constitui-se uma matriz 7 linhas (percepção) X 3 colunas (expectativa) com 21 quadrantes (qualidade percebida), estes divididos em 6 elementos de avaliação. Cada linha, coluna ou quadrante apresenta um índice de avaliação.
Foram estabelecidos padrões de expectativa, percepção e qualidade percebida capazes de relacionarem-se em uma matriz. Esta apresentou uma estrutura de 3 elementos de expectativa (antes do uso) 7 elementos de percepção (pós-uso) e 6 elementos de qualidade percebida (relacional entre elementos de expectativa e percepção). Após o desenvolvimento foi validada o que leva a crer que a proposta da matriz se constitui como uma métrica de avaliação por qualidade percebida valida, capaz de potencializar a recomendação aproximando o disponibilizado ao esperado pelo usuário.
A matriz de avaliação por qualidade percebida foi baseada nas teorias de Oliver (1997), Nickels e Wood (1999) e Rios, Maçada e Lunardi (2005). Foram determinados os elementos de expectativa, de percepção e a relação entre eles para se reconhecer a qualidade percebida. A matiz permitiu estabelecer índices de avaliação para os elementos de expectativa, percepção e qualidade percebida, com sua validação a métrica utilizada foi considerada como viável para reconhecimento da qualidade percebida e os indicadores adequados para a recomendação de objetos de aprendizagem por competências aos alunos.
NICKELS, W. G.; WOOD, M. B. Marketing: relacionamentos, qualidade, valor. [São Paulo]: LTC, 1999. OLIVER, R. L. A. Satisfation: a behavioral perspective on the consumer. Boston: Irwin/McGraw-Hill, 1997. RIOS, L. R.; MAÇADA, A. C. G.; LUNARDI, G. L. Validação de um modelo para medir a satisfação dos usuários finais de sistemas business-to-business (B2B). In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 25., 2005. Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: ABEPRO, 2005. Disponível em: . Acesso em: 14 maio 2015.