Resumo

Título do Artigo

REMUNERAÇÃO ENTRE GRUPOS DE PESQUISA E EMPRESAS: ESTUDO SOBRE O DESEMPENHO INOVADOR COM BASE NO DIRETÓRIO DE GRUPOS DE PESQUISA DO CNPq
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Palavras Chave

Grupos de Pesquisa
CNPq
Inovação

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Thais Assis de Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Programa de Pós Graduação em Administração (PPGA)
2 - Luiz Guilherme Rodrigues Antunes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Programa de Pós-Graduação em Administração
3 - Angélica da Silva Azevedo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras - MG
4 - Giulia Oliveira Angélico
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
5 - Andre Luiz Zambalde
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Ciência da Computação

Reumo

A sociedade do conhecimento emerge como cenário para nações e empresas onde as atividades de ciência e tecnologia e de P&D são essenciais para o desempenho inovador. Neste contexto, como um fenômeno importante, interações entre universidades e empresas (U-E) surgem como condutora de avanços inovativos, resultando em processos bilaterais de transmissão de tecnologia e conhecimento, articulando infraestrutura científica e tecnológica, promovendo desenvolvimento e mudança econômica, sendo mecanismo de fomento à obtenção/fornecimento de insumos para gerar e desenvolver a inovação.
Considerando a importância da interação U-E no que tange ao financiamento para projetos desenvolvidos em grupos de pesquisa, o objetivo do presente artigo foi identificar as remunerações que mais contribuem para o desempenho inovador das Instituições Públicas de Ensino (IPE) brasileiras utilizando, para tanto, os dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa (DGP) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Tal busca reflete o questionamento central desta pesquisa: quais as remunerações que mais contribuem para o desempenho inovador das IPEs?
De forma a compreender a interação entre universidades e empresas, é importante recorrer ao conceito de tríplice hélice que tem como foco a interação entre a universidade, a indústria e o governo, sendo a inovação um aspecto central. No que tange ao contexto da ciência, esta como eixo de desenvolvimento, os atores envolvidos possuem características e papéis específicos. Considerados como unidades básicas da ciência na universidade, grupos de pesquisa são entidades sociais com o objetivo comum de pesquisar e desenvolver ciência e tecnologia utilizando habilidades e recursos compartilhados.
A pesquisa é caracterizada como exploratório-descritiva, quantitativa e utiliza os dados disponibilizados pelo Plano Tabular do Diretório de Grupos de Pesquisa do Brasil. Inicialmente a pesquisa abordou um panorama comparativo dos grupos de pesquisa, entre 2010 a 2016, com base na súmula estatística do referido diretório. Após foi desenvolvido análise multivariada com os dados do Plano Tabular de 2010 (ultima disponível na base de dados do CNPQ). Para as análises foi efetuado, inicialmente o Alfa de Cronbach, correlação paramétrica (Pearson), análise de cluster e análise discriminante.
Os resultados do panorama comparativo apontaram aumento significativo dos grupos de pesquisa, o que reflete no crescimento de doutores, produção científica, relacionamentos, remuneração e outros fatores. Na análise multivariada, o Alfa de Cronbach apresentou o valor de 0,899; as correlações foram fortes ou muito fortes; obteve-se quatros clusters denominados de Baixa, Moderada, Alta e Altíssima Média de Remuneração entre Grupos de Pesquisa e Empresas; e por fim, a analise discriminante apontou as remunerações 1, 3, 6, 8, 10 e 9 como as remunerações mais discriminantes dos clusters.
Com base na análise discriminante, as remunerações que mais influenciam no desempenho inovador das IPEs foram as remunerações 1, 3, 6, 8, 10 e 9, respectivamente. Esses resultados reforçam a ideia de que ao se estimular alguns tipos específicos de remuneração, poderá haver um aumento no potencial inovador das Instituições Públicas de Ensino. Desta forma, é preciso ir além da expansão quantitativa de grupos de pesquisa e empresas que estabelecem relações; é necessário dar atenção à qualidade das interações realizadas.
ANTUNES, L. G. O.; SOUZA, T. A.; ANTONIALLI, L. M. Relacionamentos entre grupos de pesquisa e empresas: estudo sobre o desempenho inovador com base no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Anais... XLI Encontro Nacional de Pesquisa em Administração, São Paulo, São Paulo. 2017. No prelo. CNPq. Diretório dos grupos de pesquisa. Disponível em: < http://lattes.cnpq.br/web/dgp/sobre >. 2017. RAPINI, M. S.; RIGHI, H. M. O diretório dos grupos de pesquisa do CNPq e a interação universidade-empresa no Brasil em 2004. Revista Brasileira de Inovação, v. 5, n. 1 jan/jun, p. 131-156, 2006.