Resumo

Título do Artigo

Redes Interorganizacionais e Caracterização de Clusters: evidenciação dos pressupostos de competitividade do Parque Tecnológico de São José dos Campos
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Palavras Chave

Redes de Negócios
Competitividade em clusters
Parque Tecnológico

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Cluster e Redes de Negócios

Autores

Nome
1 - VÂNIA SIMÕES LOPES FIORAVANTI
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP) - CAMPUS INDIANÓPOLIS
2 - Flávio Macau
UNIVERSIDADE PAULISTA (UNIP) - Indianópolis
3 - Fabricio Stocker
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA USP

Reumo

É aceito implicitamente a noção de que a estrutura das empresas inclui também seu conjunto de relações, sendo ampliada a discussão para a natureza e grau de influência dessas relações interorganizacionais em empresas conectadas em redes. Além disto, há também a discussão sobre os conceitos de redes e clusters empresariais (Ebers & Jarillo, 1998), que segundo os autores, devem diferenciar-se ao considerar que o cluster pode ser reconhecido como uma tipologia particular de rede, onde haja concentração setorial e geográfica (Amato Neto, 2000).
Os modelos de análise da competitividade aplicados as redes de negócios, tais como Porter (1990) e Zaccarelli et al (2008) não são genéricos para todos os tipos de redes, e por essa razão evidencia-se a importância da caracterização do tipo de rede que está sendo estudada, uma vez que a correta classificação da rede, influenciará na escolha dos respectivos modelos teórico de competitividade para sua análise. Para tanto, o objetivo deste estudo se dá na intenção de analisar sob a perspectiva de redes interorganizacionais, como pode ser caracterizado um cluster competitivo.
Na medida em que surgiram novos tipos de arranjos organizacionais, a partir do século XX, que não são inteiramente explicados pelo corpo de teorias existentes, verificou-se o aumento de interesse no fenômeno de aglomerações geográficas de empresas. No entanto, na visão de Zaccarelli et al (2008) apenas a aglomeração de empresas não caracteriza um cluster, mas somente quando no agrupamento houver interação entre as empresas participantes, gerando características competitivas, que as empresas não alcançariam atuando de forma isolada.
O caso a ser analisado é o Parque Tecnológico de São José dos Campos, envolvendo empresas, empresários e instituições de ensino e pesquisa, no qual se efetuou observação não participante por meio de eventos ocorridos no citado Parque, bem como visitas para realização das entrevistas semi-estruturadas. Além disso, realizou-se também o levantamento e análise de dados secundários. O tratamento e análise de todos os dados coletados foram realizados por meio da análise de conteúdo. Foram utilizados como procedimentos de validade, triangulação dos dados, múltiplas fontes de evidência, entre outros.
Com relação aos fundamentos da vantagem competitiva para clusters, proposto por Zaccarelli et al (2008), na análise e caracterização do Parque tecnológico foram encontradas evidências empíricas dos itens: concentração geográfica, abrangência de negócios, especialização, equilíbrio e ausência de posições privilegiadas, complementaridade de produtos, cooperação, substituição seletiva de negócios, uniformidade tecnológica, cultura de comunidade, caráter evolucionário por introdução de tecnologias e estratégia de resultado.
Por meio da análise dos dados foi possível concluir que o Parque de SJC pode ser considerado como um agrupamento de empresas na categoria de cluster, uma vez que além da proximidade geográfica, desenvolve por meio de diferentes atividades a criação de valor agregado, conectando as empresas participantes do Parque Tecnológico em busca de cooperação tecnológica e estratégica para uma maior competitividade das empresas que nele atuam. O resultado apresentado traz a tona importante contribuições e também uma agenda para futuras pesquisas.
Amato Neto, J (2000). Redes de cooperação produtiva e clusters regionais: oportunidades para as pequenas e médias empresas. Editora Atlas. Balestrin, A., & Verschoore, J. (2016). Redes de Cooperação Empresarial-: Estratégias de Gestão na Nova Economia. Bookman Editora. Todeva, E. (2006). Clusters in the South East of England. University of Surrey. Zaccarelli, S. B., Telles, R., Siqueira, J. P. L., Boaventura, J. M. G., & Donaire, D. (2008). Clusters e redes de negócios: uma Nova visão para a gestão dos empresários. Atlas. São Paulo.