1 - DIARA ANDREIA TIECHER COLLE UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - CHAPECÓ
2 - IEDA MARGARETE ORO UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - campus de Chapecó
3 - Carlos Eduardo Carvalho UNIVERSIDADE DO CONTESTADO (UNC) - Curitibanos
Reumo
A propriedade, a gestão e a sucessão são características fundamentais que definem a empresa familiar. O controle, cargo de gestão em poder de membros da família e o interesse na continuidade são fatores presentes na empresa familiar. A influência da família pode ser significativa tanto de sucesso quanto de fracasso, dependendo de como os membros familiares lidam com os aspectos culturais e comportamentais em relação à empresa familiar.
Esta pesquisa objetiva verificar a influência da família na internacionalização e no desempenho das empresas familiares catarinenses.
A empresa familiar é uma das formas empresariais mais predominante em todo o mundo, a qual está enraizada na força da sua própria história (BERNHOEFT, 1991; GERSICK, 1997). A internacionalização tornou-se uma estratégia de crescimento para as empresas familiares, a fim de sobreviverem em mercado globalizado e cada vez mais competitivo (KONTINEN; OJALA, 2010). Estudos abordam o desempenho da empresa familiar, mais precisamente a relação da influência da família e desempenho (CHRISMAN; SHARMA; TAGGAR, 2007; KIM; GAO, 2013). A influência da família não é característica única de bom desempenho.
Pesquisa descritiva realizada por meio de uma survey enviada aos gestores de 123 empresas industriais familiares catarinenses. A coleta de dados utilizou a escala Família – Poder, Experiência e Cultura (F-PEC). Para analisar as hipóteses desse estudo foi utilizado como técnica a estatística descritiva e a modelagem de equações estruturais, por meio da técnica dos Mínimos Quadrados Parciais (SEM-PLS).
O construto Influência da Família, no modelo F-PEC, não apresentou resultado significativo com relação à internacionalização e o desempenho financeiro. A pesquisa evidenciou que a maioria das empresas pesquisadas realizam, primeiramente, as exportações por meio de um agente e, só mais tarde, realizam vendas diretas, estabelecem filial de venda ou produção no exterior. As exportações ocorrem inicialmente em países com menor distância psíquica. O processo de internacionalização requer compromisso com o mercado internacional e o processo de aprendizagem proporciona maior conhecimento.
Os resultados indicam que a internacionalização está positivamente associada ao desempenho da empresa familiar.
BERNHOEFT, R. Empresa familiar: sucessão profissionalizada ou sobrevivência comprometida. São Paulo: Nobel, 1991.
GERSICK, K. E. et al. De geração para geração: ciclos de vida das empresas familiares. 3. ed. São Paulo: Negócio, 1997. 308 p.
KONTINEN, T.; OJALA, A. The internationalization of family businesses: A review of extant research. Journal of Family Business Strategy, v. 1, n. 2, p. 97-107, 2010.
CHRISMAN, J. J.; SHARMA, P.; TAGGAR, S. Family influences on firms: An introduction. Journal of Business Research, v. 60, n. 10, p. 1005-1011, 2007.