Resumo

Título do Artigo

INSTITUCIONALIZAÇÃO DE PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE
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Palavras Chave

Sustentabilidade
Práticas Sustentáveis
Institucionalização

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Estratégia e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Cesar Mauricio Kulak
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - GUARAPUAVA
2 - Marcos Roberto Kuhl
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Campus Santa Cruz
3 - Silvio Roberto Stefano
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Guarapuava

Reumo

Muitas empresas já adotam estratégias de sustentabilidade, o tema chama atenção pelo impacto que podem trazer para as organizações em suas práticas empresariais. Para Elkington (1999) a partir do conceito do Triple Bottom Line (TBL), para que se desenvolva a sustentabilidade, ela deve envolver três dimensões: econômica, social e ambiental. Segundo ele, ao exercerem suas atividades, as organizações não consomem apenas recursos financeiros, mas também recursos ambientais e sociais. O relacionamento das três dimensões deve ocorrer de forma ‘equilibrada’.
A questão que norteia a pesquisa: quais os níveis das práticas de sustentabilidade e qual o seu nível de institucionalização em uma empresa? Desta forma, tem como objetivo principal identificar os níveis das práticas de sustentabilidade e sua institucionalização na empresa pesquisada. A empresa objeto do estudo é uma indústria de médio porte (segundo os critérios do SEBRAE, pelo número de colaboradores), mas uma das maiores da região em que está inserida, com potencial de impactar tanto questões ambientais, quanto sociais, além da dimensão econômica local e regional e, por isso, foi escolhida.
A preocupação da sociedade com relação às questões sustentáveis e a escassez dos recursos naturais vêm crescendo nos últimos anos. Além da percepção que as empresas veem com relação a benefícios que a sustentabilidade pode trazer, outro fator que contribui para a adoção das práticas de sustentabilidade diz respeito à pressão exercida por seus parceiros para a adoção dessas práticas (ELKINGTON, 2012). A institucionalização está relacionada a crenças e valores que são formalizados ou institucionalizados dentro das organizações (TOLBERT; ZUCKER,1999).
Quanto à utilização dos resultados, trata-se de uma pesquisa aplicada. Quanto aos fins, é uma pesquisa descritiva e quanto à natureza, é quantitativa, tendo em vista que foram utilizados métodos estatísticos para traduzir em números as opiniões e informações do público pesquisado. A dimensão do tempo é transversal. No que se refere à abordagem da pesquisa, é quantitativa. Os questionários foram compostos por afirmativas mensuradas a partir de uma escala intervalar balanceada do tipo Likert.
O primeiro aspecto analisado e apresentado é a caracterização da amostra, com relação ao sexo, à faixa etária, à escolaridade e ao tempo em que os colaboradores trabalham na empresa. O segundo bloco do questionário envolve o processo de institucionalização, composto por nove variáveis, sendo três para cada uma das fases e institucionalização (habitualização; objetificação; sedimentação).
A organização está no início do processo de práticas de sustentabilidade, não possuindo um setor específico para tais questões. Pode-se inferir que a organização encontra-se no processo de habitualização, e que os níveis de sustentabilidade não estão equilibrados, pendendo para a dimensão econômica, em detrimento da dimensão social. No entanto, este resultado já era esperado, pois, segundo Elkington (2012), as organizações, embutidas em um sistema econômico capitalista, pautam a sustentabilidade inicialmente buscando harmonizar a dimensão econômica às questões ambientais e sociais.
DYLLICK, T.; HOCKERTS, K. Beyond the business case for corporate sustainability. Business Strategy and the Environment, v.11, n. 1, p.130-141, 2002. ELKINGTON, J. Cannibals with forks: the triple bottom line of 21st century business. Oxford: Capstone Publishing Limited, 1999. MACHADO-DA-SILVA, C.L.; GONÇALVES, S.A. Nota técnica: a Teoria Institucional.In: CLEGG, S.R.; HARDY, C.; NORD, W.R. Handbook de estudos organizacionais. Vol. 1. São Paulo. Atlas, 1999. MUNCK, L. Gestão da sustentabilidade nas organizações: um novo agir frente à lógica das competências. São Paulo: Cengage Learning, 2013.