Resumo

Título do Artigo

RELAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE DESEMPENHO E CONTROLE COM A DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA DAS EMPRESAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA NO PERÍODO DE 2010 A 2015
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Palavras Chave

DVA
Desempenho
Indicadores

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Débora Adriana Zwicker
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Ceavi
2 - Lara Fabiana Dallabona
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Centro de Educação Superior do Alto Vale do Itajaí - CEAVI
3 - Marilei Kroetz
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Ibirama

Reumo

De acordo com Santos e Hashimoto (2003), a DVA provem do Balanço Social e é por meio dela que é possível observar a riqueza gerada por uma empresa e como ela se formou. Na literatura é possível encontrar algumas pesquisas que objetivam entender o que faz as organizações distribuírem mais ou menos da sua riqueza para os agentes pessoal, governo, acionistas e financiadores. Alguns fatores que podem influenciar a distribuição de riqueza são os indicadores de desempenho chamados de indicadores de Liquidez, Rentabilidade e Estrutura de Capital (BORTOLUZZI et al. 2011).
Qual a relação das variáveis de desempenho e de controle com a distribuição de riqueza gerada e distribuída pelas empresas listadas na BM&FBovespa no período de 2010 a 2015? Consequentemente, objetiva avaliar a relação das variáveis de desempenho e de controle com a distribuição de riqueza gerada e distribuída pelas empresas dos diferentes setores da Bovespa.
A DVA tem grande relevância social, de modo que apresenta toda a riqueza gerada por uma organização e a maneira como ela foi distribuída. No entanto, é preciso esclarecer que as empresas estão situadas em um sistema econômico e que as alterações ocorridas nele podem afetar tanto a geração como a distribuição de valor pelas empresas (COSENZA; GALLIZO; JIMENEZ, 2002). O entendimento de variáveis de desempenho que possam estar diretamente correlacionadas com a distribuição da riqueza para os agentes como: pessoal, governo, acionistas e financiadores é tema recorrente na literatura.
A pesquisa caracteriza-se como quantitativa, descritiva e documental. A amostra compreende 268 empresas, sendo 58 do setor de Bens Industriais, 69 do Consumo Cíclico, 17 do Consumo não Cíclico, 32 de Materiais Básicos, 8 do setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, 10 do setor da Saúde, 4 de Tecnologia da Informação, 7 do setor de Telecomunicações e 63 do setor de Utilidade Pública. Para tabulação dos dados o estudo fez uso de planilhas eletrônicas do Microsoft Excel. Para a análise dos dados utilizou-se da estatística descritiva e correlação canônica com utilização do software SPSS.
Para a distribuição total do valor adicionado encontrou-se forte associação com as variáveis de desempenho: liquidez seca (setor de consumo não cíclico, petróleo, gás e biocombustíveis e de saúde), liquidez corrente (utilidade pública), imobilização do patrimônio líquido (tecnologia da informação e telecomunicações) e tamanho (consumo cíclico). A distribuição para pessoal tem forte associação com as variáveis: liquidez corrente (bens industriais e saúde) e liquidez geral (consumo não cíclico) e a distribuição para o governo com as variáveis liquidez corrente, liquidez seca e tamanho.
Conclui-se que há relação entre as variáveis de desempenho e de controle com a geração e distribuição de riqueza das empresas da BM&FBovespa, sendo que algumas estão mais fortemente associadas do que outras. Com relação às variáveis de desempenho, os indicadores de liquidez são os que aparecem com mais frequência associados à distribuição de valor. Para estudos futuros, sugere-se buscar outras variáveis que possam ter relação com a distribuição de valor, e analisar a distribuição de valor das empresas do setor financeiro, por apresentarem uma estrutura de DVA diferente das demais empresas.
BORTOLUZZI, S. C. et al. Avaliação de desempenho econômico-financeiro: uma proposta de integração de indicadores contábeis tradicionais por meio da metodologia multicritério de apoio à decisão construtivista (MCDA-C). Revista Alcance, v. 18, n. 2, 2011. COSENZA. J. P.; GALLIZO. J. L.; JIMENEZ. F. A participação dos agentes econômicos no valor adicionado. Contabilidade Vista e Revista, v. 13, n. 2, 2002. SANTOS. A.; HASHIMOTO. H. Demonstração do Valor Adicionado: algumas considerações sobre a carga tributária. Revista de Administração, v. 38, n. 2, 2003.