Resumo

Título do Artigo

EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA CONGELADA PELOS PORTOS DO ARCO NORTE: GARGALOS E GANHOS ECONÔMICOS
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Palavras Chave

Arco Norte
Carne Bovina Congelada
Logística Agroindustrial

Área

Operações

Tema

Logística e Cadeia de Suprimentos

Autores

Nome
1 - Bruna Scotton
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP)
2 - Nathan Gomes da Silva
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Quiroz
3 - Fernando Vinícius da Rocha
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
4 - José Vicente Caixeta Filho
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - ESALQ

Reumo

A bovinocultura é um dos destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. O Brasil detém o segundo maior rebanho efetivo do mundo, contando com cerca de 170 milhões de cabeças (IBGE, 2006). Dentre os estados brasileiros, dados do Censo Agropecuário de 2006 mostram que o maior rebanho bovino se encontra no Mato Grosso do Sul (20,4 milhões de cabeças), seguido por Minas Gerais (19,9 milhões) e Mato Grosso (19,8 milhões) (IBGE, 2006).
O presente trabalho tem o objetivo de analisar a viabilidade da exportação de carne bovina congelada pelos portos do Arco Norte, evidenciando: (i) o raio de influência desses portos e (ii) os principais gargalos existentes na cadeia de exportação por esses portos. Além disso, de modo complementar, este artigo objetiva traçar comparativos com os portos tradicionais de exportação (portos das regiões Sul e Sudeste), a partir de uma análise de sensibilidade baseada em custos de transporte.
Segundo Caixeta-Filho (2001), o termo logística pode ser definido como fazer com que os produtos cheguem no lugar certo, na hora certa, em condições adequadas e que se gaste o menos possível com isso. No âmbito do agronegócio a logística se mostra importante em todos os elos da cadeia produtiva: do transporte de insumos à fazenda, até a chegada do produto ao consumidor final. Dentre as cadeias logísticas do âmbito agroindustrial, a de exportação de carne bovina congelada apresenta atributos bastante específicos, os quais elevam o custo final.
De modo inicial, o primeiro método adotado consiste na realização de entrevistas por telefone com frigoríficos exportadores localizados na região de abrangência do estudo. Foi realizada também uma análise comparativa dos fretes rodoviários para o transporte de carne congelada. Neste procedimento metodológico, foram definidos como portos exportadores de carne bovina congelada os portos de Santos (SP), São Francisco do Sul (SC), Paranaguá (PR), Vila do Conde (PA), Belém (PA), Santarém (PA) e Itacoatiara (AM).
Os resultados acima discutidos evidenciam que os portos de Vila do Conde (PA) e Belém (PA), perante investimentos para o aumento da capacidade operacional, podem contribuir de forma bastante significativa para o aumento das exportações de carne bovina congelada pelo Norte do país, reduzindo os custos logísticos com o transporte de carga. Tais portos já operam fluxos de exportação dessa cadeia agroindustrial, mas a baixa capacidade dos terminais ali presentes é fator limitante dos fluxos de transporte.
A partir das análises apresentadas na seção anterior deste artigo, o trabalho evidencia que a inadequação das infraestruturas e capacidades de movimentação de carga nos portos do Norte do país inviabilizam o crescimento de fluxos de exportação de carne bovina congelada. Além isso, o trabalho mostra também as soluções de menor custo logístico para cada um dos municípios desses estados, auxiliando a tomada de decisão de potenciais exportadores para a construção de futuras instalações frigoríficas nos estados do Mato Grosso, Acre, Pará e Rondônia.
ABIEC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS EXPORTADORAS DE CARNE. Plantas frigoríficas. Disponível em: . Acesso em: 10 fev. 2017 APPA. ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA. Carga geral. Disponível em: . Acesso em: 09 nov. 2016. Barboza, M. A. M. A Ineficiência da Infraestrutura Logística do Brasil. 2014. Revista Portuária Economia & Negócios. Disponível em: < http://www.revistaportuaria.com.br/noticia/16141>. Acesso em: 01 nov. 2016.