Resumo

Título do Artigo

Influência do grau de inovação de países demandantes de commodities minerais brasileiras: um estudo exploratório
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Palavras Chave

iNOVAÇÃO
COMMODITIES MINERAIS
CADEIA GLOBAL DE VALOR

Área

Gestão da Inovação

Tema

Políticas, Estratégias, Instituições e Internacionalização da Inovação

Autores

Nome
1 - VERONICA DE MENEZES NASCIMENTO NAGATA
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - PPGA

Reumo

O Brasil possui vocação para comercializar recursos naturais, confirmando-se nos últimos anos pelos seus dados de exportação, disponibilizados por organismos como Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços(MDIC) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos(APEX).Dentre estes recursos destacam-se as commodities minerais, qualificadas, geralmente, como um setor de baixa complexidade e com produtos de baixo valor agregado
Diante da nova ordem de produção e comercialização dentro das Cadeias Globais de Valor (CGV´s) há que se repensar o papel destas commodities e como capturar maior valor, aproveitando as relações comerciais com países e empresas com maiores níveis de inovação. O presente trabalho objetiva investigar se o aumento das exportações brasileiras de commodities minerais está relacionado com o grau de inovação dos países demandantes
Uma substancial mudança nas formas de produção e comercialização vêm alterando significativamente as relações e os papéis de países e empresas, sugerindo que o futuro de economias industriais avançadas e economias em desenvolvimento estão se tornando cada vez mais interdependentes em um grau até então sem precedentes (GEREFFI, 2011;2014).Novos padrões de exportação vêm se confirmando, tais que as exportações de produtos intermediários estão superando as exportações de produtos finais e bens de capital, como o ocorrido em 2009 cujo percentual já estava na casa dos 51% (WTO e IDE-JETRO, 2011)
Trata-se de um estudo exploratório e para tanto, confrontou-se os dados de exportação de commodities minerais de 2006 a 2014 disponíveis nas bases de dados do MDIC e APEX e pelo Global Innovation Index (GII). A partir dos dados, fez-se análises de regressão linear simples para os quatro principais demandantes de commodities minerais brasileiras, quais sejam: China, Japão, Alemanha e Coreia do Sul.
concluir que os dados do Índice global de inovação de China e Coreia do Sul e o aumento das exportações de commodities minerais brasileiras apresentam forte correlação no período estudado (2006-2014). Já para Alemanha e Japão, apesar de apresentarem correlação entre os dados analisados, mostrou-se ligeiramente menor que 0,70, e, portanto, com fraca correlação. A Coreia do Sul é o país que melhor justifica a variabilidade das exportações brasileiras de commodities minerais/ano para a Coreia do Sul pelo seu GII.
Sendo o índice de inovação um componente para o aumento das exportações, as empresas exportadoras de commodities minerais devem aproveitar as oportunidades destas relações para promoverem upgrading em seus produtos e processos, pois suas empresas clientes estão imersas em ambientes com níveis de inovação distintos e portanto com requisitos de qualidade compatíveis com esta realidade.Como tratou-se de um estudo exploratório os resultados deste artigo estimulam a realização de investigações subsequentes, tais como fazer análises de regressão para todos os 26 países que demandam estas commodities
GEREFFI, G. (2011) ‘Global Value Chains and International Competition’, The Antitrust Bulletin, 56(1): 37–56. GEREFFI, G. (2014) Global value chains in a post-Washington Consensus world, Review of International Political Economy, 21:1, 9-37, DOI:10.1080/09692290.2012.756414. Disponível em:. Acesso em: 10 jun. 2016 WTO ;IDE-JETRO (2011) ‘Trade Patterns and Global Value Chains in East Asia: From Trade in Goods to Trade in Tasks’, World Trade Organization and Institute of Developing Economies, Geneva and Tokyo. Disponível em :