Resumo

Título do Artigo

A MOBILIDADE ACADÊMICA COMO ESTRATÉGIA NA POLÍTICA PÚBLICA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PÚBLICAS: ESTUDO DE CASO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE.
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Palavras Chave

internacionalização do ensino
mobilidade acadêmica
UFRN

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Organizacional: Governança, Planejamento, Recursos Humanos e Capacidades

Autores

Nome
1 - Eric Matheus Bispo Pereira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Campus Central - Natal
2 - DINAH DOS SANTOS TINOCO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - DEPAD/PPGA
3 - JOMÁRIA MATA DE LIMA ALLOUFA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - PPGA/PPGP

Reumo

Historicamente, conforme menciona Lima e Contel (2012) a internacionalização da educação é vistA desde a consolidação das primeiras instituições de ensino europeias, que contavam com a presença de professores e estudantes de diversas regiões do mundo, que se uniam com o objetivo em comum de criar e compartilhar conhecimento – era a formação das chamadas “universitas”, um dos primeiros conceitos que traduzem a essência do processo de internacionalização, que atualmente abrange a universalidade e a multiplicidade de visões de mundo, posições filosóficas, tendências científicas e políticas.
Como se configura o processo de mobilidade no ensino superior na Universidade Federal do Rio Grande do Norte? Com isso, busca-se compreender a configuração do processo de mobilidade no ensino superior na UFRN. Para tanto, têm-se os seguintes objetivos específicos: i) Identificar o processo de mobilidade, gerenciado pela Secretaria de Relações Internacionais e Interinstitucionais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, suas características e formas de atuação; ii) Relatar a conjuntura das ações de mobilidade executadas na UFRN, subdivididas em mobilidade “in” e “out”.
Peixoto (2010) cita que uma vez exercendo a função de produtor e multiplicador de conhecimento, o ensino superior torna-se instrumento para o crescimento de todos os países, sejam eles desenvolvidos ou em desenvolvimento. Esse cenário induz a universidade a revisar e atualizar as suas estratégias, a fim de que seus estudantes passem a contar com as competências acadêmicas e profissionais que lhes permitam interagir em uma sociedade cada vez mais multicultural e internacional, com rápidas mudanças em seus sistemas – é o conceito de internacionalização do ensino. (SEBASTIÁN, 2004).
O presente artigo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa e quanto ao objetivo, como descritiva e exploratória. Quanto aos procedimentos, trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, em que foram consultados materiais disponíveis de fontes primárias (reportagens jornalísticas e documentários) e secundárias (livros, periódicos, artigos científicos e documentos institucionais). Foi realizado um levantamento de dados através de um roteiro de entrevista para que fosse possível explicar as razões e as fontes dos eventos mensurados e as características referentes à temática da pesquisa.
Um dos instrumentos responsáveis pelo fortalecimento da Secretaria de Relações Internacionais e Interinstitucionais da UFRN é o “PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional 2010-2019 da UFRN”, nele, de forma precursora, foi apontado e oficializado as diretrizes oficiais a serem seguidas no campo da internacionalização. Verifica-se também que dois dos grandes centros de ensino enviaram 24 alunos para o exterior em programas de mobilidade (Centro de Ciências Sociais Aplicadas) e 579 (Centro de Tecnologias), este último tendo muitas das vagas ofertadas pelo Programa Ciências em Fronteiras.
Em relação à execução das atividades, verifica-se que a Superintendência de Relações Internacionais e Interinstitucionais (SRI) adota uma postura congruente e alinhada à estratégia adotada pela Administração Central. Para os beneficiados pelas ações de mobilidade, a internacionalização tem construído novas configurações para o ensino, tendo em vista se considerarmos os ganhos para os participantes, que ampliam seu escopo de atuação profissional, desenvolvem redes de relacionamento e aprendem hábitos e costumes de uma cultura diferente da brasileira.
ALTBACH, P. G. KNIGHT, Jane. The internationalization of higher education: Motivations and Realities. Journal of Students in International Education. Sage Publications, v.11, 2007, p.290-305. CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, 2008. MOROSINI, Marília Costa. O estado do conhecimento sobre internacionalização da educação superior – conceitos e práticas. Dossiê: política de educação superior no Brasil no contexto da reforma universitária. Educar em Revista n.28. Editora Curitiba.